sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Papa Níquel, Papa Tudo, o Papa é pope!

Segue-se a história e o que vemos são as entidades antes defensoras dos trabalhadores, hoje aliadas dos exploradores.Exploradores dos trabalhadores, exploradores da fé humana, exploradores da sorte e da miséria, exploradores do níquel e sobretudo de nossa riqueza.
Infelizmente muita gente pousa de coitadinhos e coitadinhas, sem saber ao menos que se perderam na história, sem saber conscientemente que foram cooptados pela engrenagem do capital.
Viajando por nosso estado, sobretudo viajando em nossa cidade, vejo aqueles que outrora eram as vanguardas do pensamento da liberdade, da justiça, da luta e da defesa pela meio ambiente, hoje vivendo numa misquihesa de cargos municipais, submissos a secretarias pífias, reféns da grana Australiana.
Para finalizar, faço uma provocação a todos que hoje estão vendidos:É possível durmir e sonhar servindo a MAMOM? Como diz a velha metáfora bíblica, não é possivel servir a dois senhores, ou serve a Deus, ou serve a Mamom.
Aos que estão servindo a Mamom (Capital), que passem bem no fundo do poço da miséria mental, aos que querem servir a Deus, que continuem nesse luta, na luta pela justiça, na luta pelos trabalhadores, pelos desempregados, pelos marginalizados, na luta contra a homofobia e contra o racismo, e na luta pelo meio ambinte.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ipiaú: Mais um Suicídio é registrado em Ipiaú

O que é Suicídio:  Suicídio, do latim sui (próprio) e caedere (matar), é o ato intencional de matar a si mesmo. Sua causa mais comum é um transtorno mental que pode incluir depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abuso de drogas.Dificuldades financeiras e/ou emocionais também desempenham um fator significativo.
Mais de um milhão de pessoas come tem suicídio a cada ano, tornando-se esta a décima causa de morte no mundo. Trata-se de uma das principais causas de morte entre adolescentes e adultos com menos de 35 anos de idade. Entretanto, há uma estimativa de 10 a 20 milhões de tentativas de suicídios não-fatais a cada ano em todo o mundo.
Em Ipiaú:
Na madrugada desta segunda-feira(06/12), um suicídio foi registrado no município de Ipiaú. Crispiniano Santiago, conhecido popularmente por Crispim, foi encontrado enforcado na sua residência que fica localizada na Rua José Muniz Ferreira, a conhecida rua do Cacau, em pleno centro de Ipiaú. Informações dão conta que Crispim era uma pessoa bastante comunicativa e alegre, mas que havia sido demitido há poucos dias da Fundação Hospitalar de Ipiaú, onde servia como eletricista. As autoridades competentes estão investigando o ocorrido

V Natal Solidário dos Correios de Ipiaú


Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, agência Ipiaú, iniciam mais um Natal Solidário. O V Natal Solidário dos Correios, tem o objetivo de dar resposta às cartas remetidas por crianças carentes da nossa comunidade, endereçadas ao Papai Noel.



Buscando atender o maior número possível dos pedidos,  a meta  é  presentear, no dia 25 de dezembro ás 9:00 hs., aproximadamente 1.000 (um mil) crianças moradoras das imediações da Rua da Granja, no Bairro Waldemar Sampaio. E, para tornarmos possível a realização de tal evento, conta com o apoio de toda comunidade.

Participe você também, seja um agente solidário e proporcione um Natal Feliz para milhares de crianças.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

SENADOR É PROF.ALBIONE 160


      Prof. Albione é 160 
           SENADOR!




Nasceu e cresceu em Ipiaú (BA) e está com 37 anos  Graduou-se em História pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Especializou-se em Educação Cultura e Memória pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Atualmente, leciona na rede de ensino estadual e, também, na rede municipal de Ipiaú. É preciso fortalecer essa capanha com seu voto! Vamos unir a corrente. É 160 para Senador. O voto certo é no professor!

Governador o PSTU apresenta  Carlos Nascimento.16       
Deputado Federal o PSTU tem o Professor  Danilo Marques - 1616
Deputado estadual o PSTU defende a candidatura do Índio – 16.123
Presidente é Zé Maria  - 16 - contra burgês!


terça-feira, 13 de julho de 2010

Acidente de carro em Ipiaú deixa cinco mortos.

Na noite de segunda para terça, Ipiaú recebe mais uma triste notícia. Um automóvel Fiesta perdeu o controle e capotou por várias vezes próximo  a ponte do ria da água branca, BR 330, em seguida colidiu com um veículo parado.
O veículo que ficou totalmente destruído, tinha como seus ocupantes Arlan Bispo Santana(19 anos), Elias Mathias de Santana(26 anos), Udemir Silva Santos(18 anos) – residentes nas imediações da Rua da Granja e Travessa Dois de Dezembro em Ipiaú e mais duas vítimas que devido a força do impacto não foram possíveis identificar. Os corpos estão no IML de Jequié, onde serão necropsiados e posteriormente devidos aos familiares

Infelizmente esse não é o primeiro acidente naquela região, enquanto não forem tomadas medidas de segurança por partes das autoridades locais, estaremos acordando com notícias desse tipo.
Aproveitando esse momento, é importante que a população de Ipiaú cobre dos setores responsáveis, uma medida onde venha organizar o trânsito da cidade. A cidade vive um caos no trânsito, ruas mau sinalizadas, carros estacionados em locais indevidos, ruas de dupla- mão que já não comportam. Tudo isso precisa ser dito e cobrado pela comunidade.

Não adianta os representantes e responsáveis pelo trânsito da cidade irem as rádios cobrando dos motoristas uma postura diferente, sem que junto a isso se faça o que deve ser feito por esses gestores.
Venho nesse momento desejar a todos os familiarias muita força e paz no coração de todos vocês nesse momento delicado.



domingo, 4 de julho de 2010

Estatuto da igualdade racial: a aprovação de uma farsa

Estatuto da igualdade racial: a aprovação de uma farsa

Projeto marca um retrocesso nas reivindicações históricas do movimento, como a política de cotas



Cláudia Durans, pré- candidata a vice-presidente pelo PSTU, e Hertz Dias
 


• Foi com entusiasmo que o ex-ministro da Igualdade Racial Edson Santos celebrou a aprovação do Estatuto da (des)Igualdade Racial pelo Senado. Mas não há nada o que comemorar, pois o texto não representa as reivindicações históricas do povo negro. O estatuto, durante o tempo em que tramitou no Congresso, sofreu ataques da direita e de setores burgueses até ser aprovado totalmente diferente do projeto original.

O fato revela o cinismo e a perversidade da burguesia racista, herdeira econômica, política e culturalmente dos escravocratas, que pretende continuar mantendo a exploração, a opressão e a humilhação da população negra.

A expectativa era de que o Estatuto da Igualdade Racial fosse um instrumento que de fato contribuísse para enfrentar a discriminação racial. E que também estabelecesse políticas de ações afirmativas para garantir os direitos essenciais dos afrodescendentes vitimados pelo processo de histórico de escravidão.

No entanto, o que poderia ter sido um avanço não passou de um acordo entre o PT, através do senador Paulo Paim (RS), a SEPPIR (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e representantes do agronegócio e ruralistas, por meio do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), relator na Comissão de Constituição e Justiça.

Assim, o estatuto aprovado é a síntese mais fiel da aliança de forças nacionais que representa o governo Lula. A secretaria de igualdade racial deste governo nada fez de concreto para reduzir as desigualdades raciais no Brasil. Ao contrário, não passou de acessório, de uma simbologia racial para cooptar parte da militância negra.

Desta forma, o estatuto aprovado suprimiu pontos importantes como as cotas para negros nas universidades públicas, o que não nos causa espanto, pois o relator defende as “cotas sociais” e não raciais, e que o acesso à universidade deve ser baseado no “princípio do mérito e da capacidade de cada um”.

Da mesma forma, foram suprimidas as cotas do mercado de trabalho, assim como a redução do percentual de 30% para 10% de cotas reservadas à participação de negros em partidos políticos.

Outro aspecto importante excluído do texto original foi o que tratava da regularização de terras para remanescentes de quilombos, um erro muito grave. A retirada deste tema não considera os quilombolas como proprietários de territórios historicamente ocupados, como forma de sobrevivência física e cultural desta população. Acrescentou-se a esse documento o incentivo fiscal que o governo poderá dar a empresas com mais de 20 funcionários que decidirem contratar pelo menos 20% de negros.

Há ainda neste estatuto erros gravíssimos do ponto de vista conceitual, a exemplo da retirada das categorias raça, escravidão e identidade negra. No que se refere a raça, o argumento utilizado enfatiza que do ponto de vista genético as raças não existem. No entanto, como conceito social, esta categoria ganhou um novo significado através do movimento negro e por intelectuais de várias áreas de conhecimento. O sentido é o de deixar clara a hierarquização da sociedade brasileira, na qual os grupos étnicos foram e são marcados por profundas desigualdades e discriminações.

Na mesma direção, foi rejeitado o termo escravidão, pois ele foi considerado como tradicional e inadequado, pois se trata de algo do passado. Como a sociedade brasileira está em transição, emergindo para uma sociedade democrática, com propostas de ações afirmativas que visam acabar com as desigualdades sociais, “escravidão” não seria o termo mais adequado.

Ora, a escravidão do negro no Brasil durou quase quatrocentos anos, em contraste com apenas 122 anos de trabalho livre, o que constitui uma prolongada experiência histórica que até hoje deixa marcas profundas nessa população, tanto no que se refere ao acesso aos bens materiais e culturais, como na dificuldade de construção da identidade étnica.

Não restam dúvidas que o Estado brasileiro tem uma dívida histórica com o povo negro. O estatuto seria uma forma de buscar assegurar direitos políticos, econômicos, sociais e culturais desta população, através de uma política de ações afirmativas que dessem conta das demandas históricas.

Precisamos desfazer os mitos junto à população submetida à miséria, à violência cotidiana e aos programas assistencialistas, que reiteram a subalternidade e retiram a dignidade do ser humano. Assim como o significado do governo Lula, que tem suas raízes no movimento operário, que confirma as políticas racistas e reacionárias do DEM, impossibilitando o acesso da juventude à educação superior, da população negra a políticas de saúde diferenciadas, dos remanescentes de quilombo à terra.

Somamo-nos às 24 organizações do movimento negro que se manifestam contra a versão atual do Estatuto da Igualdade Racial, esvaziado de conteúdo de justiça racial. O estatuto aprovado não tem força de lei, foi rebaixado, tendo o caráter de apenas autorizar e não determinar, fazer cumprir. Isto fica visível inclusive com a retirada de recursos para sua execução pelos gestores, que não são obrigados a colocarem-no em prática.

O estatuto está na contramão dos avanços nas lutas institucionais do movimento negro contra o racismo, a exemplo da política de cotas implementada em muitas universidades públicas.

Conclamamos a juventude, as trabalhadoras e os trabalhadores negros para a luta contra a dominação racista, contra a exploração, por melhores condições de trabalho e de existência, para que reine a liberdade e as diferenças sejam respeitadas. Em defesa das cotas para negros nas universidades públicas! Pela titulação de terra aos remanescentes de quilombos!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Festa de São Pedro em Ipiaú - Quem lucra com o camarote privado?

Eis a pergunta: Quem lucra com um camarote privado em uma festa finacianda pelos cofres públicos?

Essa pergunta me veio a cabeça quando vejo ser anunciado a venda de entradas para camarote na festa de São Pedro em Ipiaú.
Acredito que o "velho" Pedro não estaria satisfeito com a comercialização do religioso em função do lucro e acumulo de muitos,ou melhor, de poucos. Tenho certeza que chamariam de "mercenários da fé".
É bom que se diga que isso não é uma proeza desse governo, exemplos como esses foram vistos com frequência em governos passados, infelizmente abafado pelos apaixonados políticos que defendem com unhas e dentes seus patrões.
Não entendo certos nomes que usasm para seus governos (Governando de mãos dadas com o povo).
Será que o povo ta decidindo pelo Governo? Será que o povo escolheu pagar 70,00 reais para colocar uma barraquinha na festa? Eis a pergunta!
Outro que até hoje não entendi foi o antigo e proselitista ( Corrupção nunca mais), esse me arranca risos, daria  sugetsão a Igreja Canonizar o ex-gestor. (Governo responsável co o dinheiro do povo) Será???? Foi só a atual gestão ter acesso ao inacessível, logo caiu uma série de (IN) responssabilidade com o dinheiro do povo.
Tai, todos nós estamos vendo mais uma vez, sem paixão e doentismo político, deixemos de lado a emoção eleitoreira e logo vemos que eles são todos iguais.
Digo mais uma vez: "só trocam as botas, mas os pés que nos pisam são os mesmo" Breth.

Para que todos saibam o jeitinho amigável e de um governo de mãos dadas com o povo, veja a tabela de valores cobrados para os ambulantes de nossa terra. Salve os trabalhadores!
Confira abaixo:


Isopor – 30 reais
Barraca de lanche – 100 reais
Barraca padronizada – 400 reais
Barraca de crepe – 70 reais
Barraca de acarajé- 70 reais
Barraca grande de capeta- 300 reais
Barraca pequena de capeta – 20 reais
Trailer – 400 reais
Barraca particular – 500 reais
Parques e outros – 300 reais

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Imperialismo e recolonização cultural

Qualquer debate sobre a questão da arte e da cultura hoje no Brasil e no conjunto da América Latina deve partir do fato de que o controle e ingerência do imperialismo sobre a estrutura econômica e política dos países latino-americanos foi gerando, talvez em um ritmo um pouco mais lento, mas nem por isso menos profundo, alterações estruturais também no modo de produção cultural desses países.




Não é possível entender a situação da cultura nos países da América Latina sem levar em conta a penetração imperialista. Nas Teses de Fundação da IV Internacional, escritas em 1938, Trotsky já ressaltava o lugar da América Latina como uma das principais esferas de influência do imperialismo americano. “Eles proclamaram sua intenção de manter essa hegemonia contra a intromissão dos imperialismos europeu e japonês. A forma política dessa proclamação foi a Doutrina Monroe que, desde o início de uma política claramente imperialista no final do século XIX, vem sendo interpretada por todas as administrações de Washington como o direito do imperialismo americano à posição dominante nos países da América Latina, previamente à conquista da posição de ser seu explorador exclusivo”.



Lênin já demonstrara que na fase imperialista, o capitalismo transformou-se em um sistema universal de dominação colonial e estrangulamento financeiro da imensa maioria da população do planeta por um punhado de países “adiantados”, por meio dos monopólios e dos grandes bancos. A cultura não poderia salvar-se, imune.



Na história das relações entre os Estados Unidos e os países latino-americanos, as questões culturais nunca foram, obviamente, as mais importantes, mas sempre estiveram presentes e foram tratadas como indispensáveis à manutenção da hegemonia do imperialismo norte-americano no hemisfério. Como disse Otávio Ianni, “Eles reconheceram que a ‘indústria do conhecimento’, a ‘frente ideológica’ e a ‘conquista das mentes’ era fundamental para a consolidação e extensão de sua hegemonia” (Imperialismo e Cultura).



Durante a Guerra Fria, a política cultural do imperialismo tornou-se mais agressiva diante da necessidade de contrapor-se à idéia do socialismo, que refletia a onda revolucionária que percorria o mundo, apesar do domínio burocrático da URSS. A ingerência do Banco Mundial foi decisiva. Criado em 1944 na Conferência de Bretton Woods para a reconstrução dos países devastados pela Segunda Guerra (1939-45), o Bird passou a financiar projetos voltados para a infra-estrutura econômica, de energia e transporte na América Latina e África como forma de o imperialismo norte-americano ampliar suas áreas de influência. Isso foi particularmente intenso na década de 70, na gestão de Robert McNamara (1968-81), ex-secretário de Defesa e um dos responsáveis pela guerra do Vietnã.



As dificuldades na guerra, a ameaça de uma onda revolucionária que percorria o mundo e um crescente sentimento anti-americano nos países coloniais e semi-coloniais, impunham rever a estratégia imperialista. E o Banco Mundial passa a criar programas para atender as populações “carentes”, mais propensas ao “comunismo”, por meio de escolas técnicas, programas de saúde e controle da natalidade. Muitos desses programas tinham como alvo as mulheres, já que o Banco Mundial considerava que o crescimento demográfico nos países periféricos era um impedimento para a melhoria das condições de vida, e por isso, era preciso reduzir as taxas de fecundidade, ampliando o acesso das mulheres à educação.



Em 1961, a Conferência de Punta del Este teve um ponto específico sobre as relações culturais EUA-AL, e foi aprovada uma resolução “recomendando” que os países latino-americanos adotassem programas decenais de educação, seguindo as diretrizes impostas pelo Departamento de Estado americano. É interessante lembrar que nessa Conferência foram adotados programas comuns entre EUA e América Latina para fazer frente às repercussões da vitória da revolução em Cuba. Tudo, portanto, o que foi ali aprovado tinha esse caráter, o de alertar as burguesias latino-americanas contra as ameaças de “subversão comunista”. Os EUA assumiram a gestão dos negócios relativos à educação, ciência e cultura nos países latino-americanos, áreas que, apesar de complexas e dispendiosas, são chaves para a dominação colonial. Como diz Eduardo Galeano, “cada vez que o imperialismo exalta suas próprias virtudes, convém revisar os bolsos”.



A indústria cultural do imperialismo

Nesse período ocorreu um salto da fabricação industrial da cultura e a transformação de todo objeto artístico em mercadoria. E qual foi o resultado? A história deu seu veredicto. Nada disso teve a ver com o que dizem os autores de best sellers surgidos nos últimos tempos que exaltam a “aldeia global”, como Alvin Toffler, que anuncia “a boa nova de uma sociedade feliz, marcada pela exuberância da técnica e a comunhão dos homens em uma consciência planetária”. Para os países coloniais e semi-coloniais, essa sociedade feliz nunca esteve mais distante, porque esse processo ocorreu durante os anos 80, com a crise da dívida externa e a introdução das políticas neoliberais que aprofundaram o fosso entre as classes e a desigualdade no acesso aos bens culturais.



Houve um salto no processo de recolonização da América Latina, com um aumento inédito penetração do capital estrangeiro e da desnacionalização das economias latino-americanas. Na revista Marxismo Vivo, tratando desse processo de recolonização da América Latina, José Welmovick lembra que “De conjunto, a ofensiva recolonizadora trata de transformar a burguesia nativa de sócia menor do imperialismo em gerente das empresas deste, no sentido de que já tiram seus lucros das quotas de mais-valia que pertencem aos investidores estrangeiros e, no melhor dos casos, administram a propriedade de outros, e não as suas. A ofensiva recolonizadora trata também de transformar os governos e instituições em fantoches do imperialismo, em seus administradores coloniais”.



Como expressão da falência de um projeto nacional-desenvolvimentista e a conversão das burguesias nacionais em gerentes das empresas estrangeiras, esse processo implicou igualmente na falência de um projeto de construção de uma cultura nacional. E igualmente a tal aldeia global não significou um espaço comum para o contato entre as diferentes culturas nacionais como conformação de uma cultura universal. Longe disso. Sob bases capitalistas e impostas pelo imperialismo, o resultado foi a homogeneização, uma cultura padronizada, nivelada por baixo e posta a serviço justamente do processo de recolonização.



A onda de privatizações atingiu empresas que antes, bem ou mal, investiam na cultura. A redução do papel do Estado em áreas públicas fundamentais, como a escola, a saúde e a cultura, abriu o espaço para a invasão do capital privado. No artigo “Adeus às ilusões de autonomia da arte”, Iná Camargo Costa lembra que, com Thatcher na Inglaterra e Reagan nos Estados Unidos, durante os anos 80, “as grandes corporações multinacionais direcionaram os seus tentáculos para o negócio da arte, especialmente a ‘grande arte’. Aquela década viu o poder do dinheiro corporativo pautando a arena cultural em escala até então desconhecida. A arte passou a ser objeto de demanda não apenas como investimento financeiro, mas também como instrumento de propaganda institucional por um setor que até então era visto como inteiramente ignorante no assunto e indiferente a ele” .



Rompeu-se até mesmo a concepção burguesa de que o acesso à cultura é um direito democrático de todos os “cidadãos”. Agora a cultura passava a ser comandada pelas empresas e bancos. Saem os artistas, entram os homens de negócios. Bancos e corporações indicam seus próprios curadores, atribuições antes restritas aos museus e galerias de arte públicos. Formam seus próprios departamentos de arte ou transformaram as galerias e museus em veículos próprios de relações públicas. A tal ponto que hoje o selo de qualidade de uma obra artística é dado pelo número de logotipos de empresas que ela estampa em seu material de divulgação.



O patrocínio cultural foi a grande jogada, que vem junto com a chamada responsabilidade social. Estudos da Business for Social Responsibility, organização criada em 1992 nos EUA, indicam que as empresas com maior grau de responsabilidade social são, no longo prazo, as mais lucrativas.



A IBM, já em 1983, lançou o projeto Encontro Marcado com a Arte, que consistia em levar escritores às universidades para falar aos alunos. Ao mesmo tempo, começou a patrocinar projetos em teatro, dança e música, como o Balé Bolchoi, Jazz de Montreal, All Star Gala e Montreal Street Dance Chicago. Em 1999 implementou o projeto Novo Canto, no qual artistas renomados participavam de shows de lançamento de um novo talento da MPB, reforçando a associação da marca à inovação. Já o BankBoston prefere usar a música erudita como marketing. Os Concertos BankBoston, criados em 1992, vêm ocorrendo ano a ano por meio de assinatura paga e alguns concertos gratuitos. Além de poder adquirir assinaturas para a série com antecedência, os correntistas do banco têm um desconto sobre seu preço. O alvo da Fiat são os consumidores jovens. Criou em 1997 o programa Fiat para os Jovens, reforçando a imagem de jovialidade da empresa e de seus produtos no Brasil. Altas somas são envolvidas nesses projetos. O orçamento médio anual do programa cultural do BankBoston é de US$ 1 milhão. A Coca-Cola atua pesado, desde 1990, na área de educação, destinando mais de US$ 100 milhões para projetos educacionais em vários países, incluindo o Brasil.



Microsoft, Nokia, Intel, Disney, McDonald’s, AT&T e Ford são outras multinacionais que investem em cultura em toda América Latina, sobretudo no Brasil. A Ford, por meio da Ford Foundation, patrocina as artes e projetos educacionais, visando “identificar-se com a comunidade”, ao mesmo tempo em que exerce uma perseguição sistemática contra os ativistas sindicais e não hesita em demitir operários em momentos de crise. A retórica da Ford não condiz com suas ações: “Ao nos esforçarmos para sermos um contribuinte líder na busca de um mundo mais sustentável, a cidadania corporativa tornou-se parte integrante de cada decisão e ação que fazemos. Acreditamos que a cidadania corporativa é demonstrada em quem somos como empresa, como dirigimos nosso negócio, como cuidamos de nossos funcionários e como interagimos com nosso mundo de forma geral. É nossa aspiração estar entre as empresas mais respeitadas, admiradas e confiáveis do mundo” .



A Shell está no Brasil há mais de 80 anos e há 50 atua na área da cultura. “Esse casamento da empresa com a atividade artística produz resultados incontestáveis. Não que a Shell dependa desse tipo de iniciativa para vender seus produtos, mas, como qualquer empresa, ela precisa ser bem vista, ter uma imagem simpática junto à população. O apoio à cultura contribui muito para que a imagem da empresa seja positiva”. (João Madeira, Gerente de Comunicação). No entanto, a Shell não está nem um pouco preocupada com a defesa do meio ambiente. Se não, não seria uma das empresas de petróleo que mais polui o lençol freático nas regiões onde está instalada. Recentemente dois escândalos envolvendo a empresa foram amplamente divulgados: o envenenamento da água em Paulínia, na região de Campinas, e na Vila Carioca, em São Paulo, provocando inclusive a morte de adultos e crianças.



A arte também serviu para dar uma cara “mais humana” ao processo de privatização das empresas estatais dos anos 90. A privatização da telefonia trouxe a espanhola Telefonica, que só em 1999 investiu R$ 5 milhões em projetos culturais e ficou conhecida em pouco tempo, patrocinando exposições que já traziam grande potencial de mídia, como Picasso, Esplendores da Espanha, Raoul Dufy e De Picasso a Barceló. Foi o caso também do Banco Santander, que comprou o Banco Geral do Comércio, o Banco do Nordeste, o Meridional e 60% das ações do Banespa e em 2001 fundou o Santander Cultural em Porto Alegre para promover atividades culturais e artísticas. Nesses casos específicos, a arte ajudou a viabilizar uma política de apropriação de empresas estatais que jogou na rua milhões de trabalhadores no Brasil e em toda América Latina.



A White Martins recebeu em 1997 o prêmio Patrono da Cultura Brasileira conferido pelo Ministério da Cultura por serviços prestados ao “resgate” de nossa cultura. Segundo a revista Marketing Cultural, a empresa, que investe em projetos culturais desde a época da Lei Sarney, conseguiu um retorno em matéria de imagem que lhe teria custado 50% a mais do que o total investido nos projetos.



Nessa relação promíscua entre capital e cultura, as empresas escolhem o tipo de projeto que vão patrocinar. E, com isso, a arte que mais se reproduz hoje é aquela feita à imagem e semelhança da burguesia e de seus valores. Não é difícil ver gerentes de empresas opinando e decidindo sobre arte, rejeitando este ou aquele tema controverso ou interferindo em cenas de peças teatrais, forrando o espaço de uma exposição fotográfica com logotipos, veiculando longos comerciais antes do início de uma peça teatral ou inserindo trechos de divulgação dos seus produtos em filmes e outras obras.



Os artistas e produtores culturais passaram a viver em função das empresas. O modelo para as atividades culturais segue à risca os planos promocionais de vendas das empresas: 1) o projeto gera sinergia com a campanha publicitária? 2) qual a verba de divulgação prevista para o projeto? 3) há flexibilidade para implementar promoções associadas? 4) como poderiam ser geradas atividades promocionais que reforcem a mensagem do patrocínio e a associação do projeto ao nome da empresa? 5) terá a participação de personalidades relacionadas ao tema proposto? . Enfim, requisitos que, na maioria das vezes, não se enquadram no projeto, mas o artista acaba fazendo adaptações para poder receber o financiamento. Essa prática já está tão estendida que vem servindo de modelo para todo tipo de projeto cultural, inclusive aqueles que requerem verbas públicas. Ou seja, as empresas e bancos estão reestruturando a área cultural segundo sua imagem e semelhança.



Além do retorno em imagem, as empresas que patrocinam as artes são tratadas como beneméritas. A arte dignifica o que é indigno: o capital, a exploração do trabalhador, o saque das riquezas, o lucro desmedido, enfim, todas as mazelas do capitalismo são “perdoadas” quando recobertas pela aura de uma sinfonia de Mozart, pelas cores vibrantes de uma pintura de van Gogh, com as formas inusitadas de um Picasso ou o ritmo alucinante de uma banda de rock.



No Brasil, a privatização da cultura por meio da renúncia fiscal

Durante o regime militar no Brasil teve início um processo acelerado de institucionalização da cultura. Em 1970 foram criadas as secretariais estaduais de Cultura e em 1985 surgiu o Ministério da Cultura, como o objetivo fazer cumprir o art. 215 da Constituição: “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais” .



Mas esse papel foi transferido para a iniciativa privada. Sob a bandeira da democratização da cultura, promulgou-se em 1986 a chamada Lei Sarney (7.505/86), que deu um salto na privatização da cultura ao introduzir o princípio da renúncia fiscal. As empresas ficam isentas de pagar imposto de renda sobre o montante investido em projetos culturais. Filão mais rico, impossível. Os bancos e grandes corporações passaram a investir em cultura um capital que não sai de seus próprios cofres, mas dos cofres públicos. E quanto maior o evento, maior o retorno financeiro e publicitário. Com isso, generalizou-se a política de megaeventos, festivais, concursos, grandes musicais estilo broadway, importação de grandes espetáculos da Europa e Estados Unidos, filmes sendo feitos para disputar o Oscar, construção de luxuosas salas de espetáculo.



No governo Collor, a partir de 1990, mais um golpe nas instituições públicas de cultura. O Ministério da Cultura deixou de existir. Foi substituído por uma Secretaria, subordinada diretamente ao presidente da República. As diversas fundações das artes (cinema, artes cênicas, patrimônio histórico e outras) foram simplesmente extintas. Os gastos públicos com o setor cultural foram drasticamente reduzidos, passando de 200 milhões de reais em 1990 para 131 milhões em 1991. Em seu lugar foi promulgada uma nova lei federal de “incentivo” à cultura, mais favorável aos empresários privados que a Lei Sarney. Intitulada Lei Rouanet (8.313/1991), permite abater até 80% do capital aplicado em projetos culturais. Em 1999 o governo ampliou esse limite para 100% (lei 9.874/99).



O papel do governo Lula

No Brasil, Lula representa a vanguarda nessa política. Sem uma política que contemple a enorme diversidade cultural e artística de um país imenso como o Brasil, o governo Lula vem esvaziando progressivamente as instituições do Estado e transferindo para as empresas o gerenciamento da cultura.



Existe um verdadeiro monopólio por parte do empresariado privado em relação à cultura. O Sesc, entidade que reúne os empresários do setor do comércio, montou uma rede de centros culturais luxuosos aos quais só têm acesso as produções que se enquadram em uma extensa lista de exigências. Basicamente o que isso tem provocado é o empresariamento da produção cultural, com a conseqüente dissolução das pequenas produções independentes.



A cultura e a arte no Brasil, na gestão Lula, caminham ao sabor do mercado e dos interesses políticos do governo no momento. Como seu principal instrumento político de propaganda, Lula promoveu a Petrobras como empresa amiga da cultura, e hoje ela investe pesado em eventos culturais, festas folclóricas, festivais de cinema, premiações em teatro, com ampla cobertura da mídia. São milhões gastos em atividades culturais, sem que os trabalhadores tenham a menor noção de como isso é feito. Assim, a empresa funciona como principal cabo eleitoral de Lula, que conta também com a colaboração inestimável de grandes artistas, colocados em postos-chave da administração pública.



É uma política dúbia, ou seria mais claro dizer que o governo não tem uma política cultural, não tem um projeto definido. Enquanto um banco como o Bradesco, por exemplo, “patrocina” a milionária companhia canadense Cirque du Soleil, a arte circense no Brasil está jogada no limbo há décadas. O Bradesco usa o dinheiro público, via renúncia fiscal, e cobra 200 reais o ingresso, ocupando as melhores salas de espetáculos do país, às quais só um público seleto tem acesso.



Ao mesmo tempo, o governo faz populismo com a cultura, por meio de políticas assistencialistas nos bairros pobres, onde as Ong’s, entidades religiosas e fundações ligadas ao imperialismo levam uma política de convivência cidadã e programas que geram muita propaganda para o governo, mas pouca sustentação ao trabalho artístico.

Sem condições de disputar a atenção do público com os milionários eventos patrocinados pelas empresas, milhões de artistas simplesmente abandonam o barco.



Na área do teatro, por exemplo, existem hoje, só no Estado de São Paulo, mais de cem grupos teatrais em plena atividade. Para se ter uma idéia, a edição da Lei de Fomento 2007 analisou 105 projetos inscritos, dos quais 60 foram considerados aptos, mas apenas 11 foram contemplados, devido à limitação orçamentária. Os demais estão simplesmente paralisados.



Não há continuidade no trabalho teatral, porque nada garante aos grupos essa continuidade. E isso prejudica também a pesquisa e a descoberta de novas linguagens. Prejudica o avanço da arte teatral, prejudica o processo de formação de público. As pesquisas teatrais hoje, tanto no âmbito acadêmico quanto nos palcos, vêm tratando sobretudo de entender o que ocorreu com o teatro no último período, abalado por tantas e tão imensas transformações no contexto social e político mundial.



Se partimos da virada do milênio, temos aí uma retrospectiva de montagens que se preocupam sobretudo em abordar essas transformações, nem que para isso tenham de lançar mão de conceitos estéticos já conhecidos, porque não há verba ou qualquer incentivo para a pesquisa teatral e a descoberta de novas linguagens. Algo parecido ocorre no cinema, onde apenas alguns poucos diretores conseguem apoio das empresas para rodar seus filmes. As chances são cada vez mais restritas e o “padrão Hollywood” domina as produções nacionais.



Essa é a própria negação da cultura. Ao contrário do que dizem os teóricos da pós-modernidade, que proclamam “tudo é cultura”, hoje em dia “nada é cultura”. Porque o que predomina é a cultura comercial, que dilui as diferenças e impede a criação, quando na verdade a cultura é o que move o indivíduo para longe da indiferença, da indistinção; cultura é uma construção que só pode proceder pela diferenciação. Seu oposto é a diluição. O que faz o cinema comercial, por exemplo – e com ele toda a não-cultura – é promover a diluição, para que possa se multiplicar comercialmente, como mercadoria (Teixeira Coelho, “O que é Ação Cultural”).



Em defesa da Cultura

Quando, nos anos 50, os teóricos da Escola de Frankfurt denunciaram a industrialização da cultura pelo capitalismo, Theodor Adorno disse que era preciso enfrentar esse processo e que “a luta contra a cultura de massa só poderia ser levada adiante se mostrada a conexão entre a cultura massificada e a persistência da injustiça social”.


Predominam na área da cultura hoje as relações monopolistas, com grandes empresas repartindo entre si as áreas de influência – Ford, na Educação, IBM e BankBoston na música erudita, a Telefônica nas artes plásticas, a Petrobras no cinema e teatro. Essas áreas são controladas por uma oligarquia financeira que dá as cartas e impõe as regras do jogo, forma seus lobbies no Congresso, tem seus políticos de confiança e pressiona o governo para mudar as leis de patrocínio de acordo com seus interesses no momento.



Temos, por outro lado, a transformação da arte em seu inverso. De expressão de emoções, de libertação ou mesmo de conscientização humana, a arte vem sendo usada para encobrir a exploração, a opressão e a dominação dos povos.

Essa relação cada vez mais intima entre cultura e empresa, entre arte e capital, deu origem a todo tipo de interpretação. Alguns vêem a indústria cultural como progressiva, porque seria uma maneira de democratizar a arte; a população passaria a ter acesso amplo à cultura, auxiliada pelos avanços tecnológicos. Outros falam em mundialização da cultura, já não mais no sentido de internacionalização ou cultura globalizada, mas um fenômeno social total que permeia o conjunto das manifestações culturais, uma totalidade cultural. Hoje nós não teríamos mais uma somatória de culturas nacionais, mas uma totalidade, uma cultura-mundo, um cultura industrializada. “Uma cultura mundializada corresponde a uma civilização cuja territorialidade se globalizou”, diz Renato Ortiz.

Apesar de reconhecer que a fabricação industrial da cultura (filmes, séries de TV etc) e a existência de um mercado mundial exigem uma padronização dos produtos, Ortiz não vê aí uma homogeneização, uma padronização, porque continuaria havendo espaço para todos. “Uma civilização promove um padrão cultural sem com isso implicar a uniformização de todos” .



Essa concepção, que já está bem arraigada hoje em dia, dá a entender que hoje temos uma mundialidade cultural, como sinônimo de unidade, como se a cultura fosse neutra, e pudesse ser vista separada de suas condições materiais de produção e isolada das relações entre as classes. Na verdade, a indústria cultural funciona como tentativa de neutralizar a luta de classes, de apagar as diferenças entre elas, como se fosse um vínculo que une a todas as pessoas, independente da sua localização social. Todos vêem as mesmas novelas na TV, compram os mesmos quadros, ouvem os mesmos discos. E com isso se aprofunda o descompasso entre a sofisticação tecnológica na área cultural e a miséria cada vez mais generalizada entre as massas.
Crescem os setores marginalizados de tudo, até mesmo dos miseráveis produtos da indústria cultural. Aprofundam-se as discriminações contra os negros, os imigrantes, as mulheres, os homossexuais.

O que temos, de verdade, é uma degradação generalizada da arte e uma subordinação total da cultura pelo capital. Se isso é grave no mundo inteiro, mais grave ainda nos países oprimidos e saqueados pelo imperialismo. Na cultura também se manifesta o caráter de classe. A decadência da criação artística é inseparável do progresso da civilização burguesa, disse Marx. Tudo o que é necessário e progressivo para o estabelecimento de uma cultura verdadeiramente humana – romper com o isolamento entre os povos para que a produção cultural de um país se torne patrimônio comum de todos – se volta contra a cultura. Sob a dominação imperialista, essa suposta mundialização da cultura acaba sendo um arremedo de cultura-mundo, uma caricatura de aldeia global, porque é assentada na opressão dos povos, na miséria cultural, no analfabetismo de milhões de pessoas, mantidos na ignorância e alienação sobre sua verdadeira condição humana.
A cultura e a necessidade da revolução socialista

Como Marx, temos de ter uma visão da cultura estreitamente vinculada ao processo da revolução socialista, e perceber que a disparidade entre a situação da cultura no capitalismo e as enormes possibilidades abertas a ela pelo desenvolvimento das forças produtivas da sociedade se deve às contradições do “período burguês da história”, como disse Marx.
Essa situação torna imperiosa a luta dos artistas em defesa da arte e da democratização da cultura como uma luta contra o imperialismo, contra os efeitos da recolonização de nossos países, contra os monopólios e as políticas frentepopulistas do governo. Já nos anos 30, o grande dramaturgo alemão Bertold Brecht chamava a atenção dos artistas para essa necessidade, porque “as grandes engrenagens orientam a criação artística segundo seus próprios critérios. Mas entre os intelectuais persiste a ilusão de que elas querem a valorização do seu trabalho e, longe de exercer influência, esse fenômeno, julgado secundário, permite que o seu trabalho é que a exerça. Essa falha de visão dos compositores, escritores e críticos tem enormes consequências, às quais se presta, geralmente, pouca atenção. Convencidos de possuir o que realmente os possui, defendem uma engrenagem que não controlam mais; um aparelho que não existe mais, como acreditam, a serviço dos criadores, mas que, pelo contrário, voltou-se contra eles e, portanto, contra sua própria criação. O trabalho dos criadores não é mais do que um trabalho de fornecedores, e assiste-se ao nascimento de uma noção de valor cujo fundamento é a capacidade da exploração comercial. (...)

Essa luta dos artistas tem de ser parte da luta de toda a classe trabalhadora em defesa da cultura, não apenas em defesa do emprego e do salário. Sua luta econômica tem de vir associada à luta política e cultural, porque a dominação cultural por parte do imperialismo é parte integrante da exploração econômica da classe trabalhadora.

Enquanto a burguesia for a classe dominante e proprietária dos meios de produção, não haverá saída para a arte. “O problema reside no fato de as engrenagens não pertencerem à comunidade, dizia Brecht. Os meios de produção não são ainda propriedade daqueles que produzem, de modo que o trabalho tem a característica de verdadeira mercadoria, submetida às leis de mercado – impossível de ser fabricada sem os meios de produção (as engrenagens)” .
Para Rosa Luxemburgo, “O proletariado, nada possuindo, não pode, na sua marcha para adiante, criar uma cultura nova em folha, enquanto conservar-se nos quadros da sociedade burguesa. Tudo o que se pode fazer hoje é proteger a cultura da burguesia contra o vandalismo da reação burguesa” (1903).

O proletariado não terá tempo de construir a sua própria cultura, ao derrotar a sociedade de classes. Mas a Revolução Russa, no pouco tempo que sobreviveu antes da burocratização stalinista, é um exemplo para o mundo inteiro de como a socialização dos meios de produção pode servir ao pleno desenvolvimento artístico.

O contraste entre a situação real da arte sob o capitalismo e as enormes possibilidades abertas a ela pelo desenvolvimento das capacidades produtivas da sociedade é meramente uma instância das contradições sociais, do período burguês da história, na expressão de Marx. E a situação é tão grave que entre os artistas o sentimento geral é de frustração, porque não vêm saída para a arte. No entanto, o materialismo histórico já mostrou que no desenvolvimento da humanidade, o avanço e o retrocesso sempre estiveram relacionados. É com essa concepção dialética da história que temos de olhar para arte e perceber que a decadência da criação artística de hoje é inseparável do desenvolvimento da sociedade burguesa. Ela interpôs um verdadeiro abismo entre o trabalho manual e o intelectual, e qualificou todo trabalho intelectual e artístico de trabalho superior. Mas esses trabalhos superiores também se converteram em mercadorias, perdendo sua velha aura, como disse Walter Benjamin.
Desde os seus primórdios, o capitalismo atribui um valor puramente comercial ao trabalho dos artistas, dos cientistas, dos escritores. Para Marx, esse “desprezo” com que a sociedade burguesa trata a arte se converte em um poderoso fator revolucionário. “O nihilismo do modo burguês de produção é, ao mesmo tempo, seu maior mérito histórico. Tudo o que é sagrado é profanado, e os homens, ao final, se vêm forçados a considerar serenamente suas condições de existência e suas relações recíprocas. É necessário e progressivo destruir ilusões e arrancar pela raiz os vínculos que unem o homem às antigas formas sociais. Essa é uma condição necessária para o estabelecimento de uma cultura humana verdadeiramente universal”.

Trotsky via a arte como espelho da realidade. A arte que temos hoje como dominante é a arte feita à imagem e semelhança do capital, e sendo usada pela burguesia para encobrir a verdadeira realidade em que vivem milhões e milhões de trabalhadores e camponeses, milhões de pessoas marginalizadas e oprimidas no mundo inteiro. Mas Trotsky também disse que a arte pode ser, além do espelho, o martelo que ajudará a transformar essa realidade. E, como martelo, ela refletirá a necessidade do homem que deseja a sua emancipação, refletirá a angústia do povo que luta para se libertar da exploração, da miséria e da alienação.

Por isso, a questão do futuro da arte não é uma questão abstrata, mas um problema da classe trabalhadora, incluindo os artistas e todos os trabalhadores da cultura, que precisam se unir não apenas na luta econômica e política, mas igualmente na defesa da cultura. E defender a cultura é antes de mais nada combater o imperialismo, destruir a sociedade burguesa e construir o socialismo, para terminar com a disparidade entre o desenvolvimento social e o desenvolvimento artístico, abrindo os horizontes para o florescimento amplo de uma arte verdadeiramente humana e livre.




terça-feira, 4 de maio de 2010

PROFESSOR CLAUDIO DENUNCIA DIRIGENTES DA APLB SINDICATO!
APLB SINDICATO É VISTA COMO ENTIDADE CORRUPTA POR SEUS MILITANTES!

DIRETORES DA APLB-SINDICATO ROUBAM ESTATUTO, LIVRO DE PRESENÇAS E FALSIFICAM DOCUMENTOS DA LUTE-SINDICATO


DENUNCIADA POR CORRUPÇÃO INTERNA E INRREGULARIDADES NO PROCESSO ELEITORAL, APLB SINDICATO VIVE MOMENTO DE DESMANTELAMENTO MORAL E DESCRÉDITO POR SEUS FILIADOS. ABAIXO DENUNCIA FEITA CONTRA APLB - SINDICATO E O DESABAFO DE UM FILIADO.
                             
Esta "Sra" a qual não é digna de ser pronunciada o nome. Foi a mesma que no pleito aqui em Ipiaú (eleição para a coodenação do Núcleo) desceu com seus capangas e marmelaram as eleições. Eu Cláudio (prof do Col. Modelo de Ipiaú) que estava colaborando com a Chapa com o Colega Prof. Albione Chapa 2 e mais outros colegas professores, dei queixa de um motorista da referida na Delegacia de Itagi, motivado pelo


completo desrespeito as normas estabelecidas por eles (estatuto da eleição). Não quiseram entregar a listagem - relação nominal dos associados do municipio de Itagi. Em Jitaúna até morto tinha na relação. Em Itagibá onde a outra "dona" da APLB nasceu ou morou também houve problemas relacionados a entrega de lista dos associados. Pasmem que eles mesmo perderam o prazo de entrega dos nomes para a chapa e dos documentos. Dario Meira outro escandalo. E em Ipiaú onde tomaram uma surra, mostrou o descontentamento da classe contra esses parasitas. Necessário uma manifestação urgente para retomada de posicionamento frente a essa vergonha. Não me desfiliei ainda por que quero derrota-los nas urnas.

`Profº Cláudio

ABAIXO TEXTO NA INTEGRA DA DENUNCIA! ESCANDALO DE DESONESTIDADE E CORRUPÇÃO INTERNA NA APLB SINDICATO.
DIRETORES DA APLB-SINDICATO ROUBAM ESTATUTO, LIVRO DE PRESENÇAS E FALSIFICAM DOCUMENTOS DA LUTE-SINDICATO

Não é surpreendente que a APLB-Sindicato admitisse a existência da LUTE-Sindicato como uma entidade menor, ao menos até o início deste ano, caso se tenha em conta que ela não havia se manifestado até então. No entanto, quando compreendeu que a LUTE não representa apenas Vitória da Conquista, mas sim a região sudoeste, veio em caravana, disposta a retomar a sede da delegacia regional de Vitória da Conquista que foi fechada e transferida para Itabuna com tudo o que pertencia aos filiados (móveis e documentos), sem o conhecimento da categoria, em 2004.

Após seis anos de omissão, a APLB resolveu interferir no processo de organização da categoria em Vitória da Conquista que, ao invés de se acomodar pela ausência de uma representação sindical, a base dessa categoria começou a convocar assembleias, conduzir paralisações, greve, mobilizando a categoria. E, no dia cinco de agosto de 2009, apresentou como alternativa a institucionalização dessa luta através da criação de um novo sindicato: A Liga Unificada dos Trabalhadores em Educação.

No simbólico 22 de abril de 2010, os coordenadores de organização da APLB-Sindicato, Ivone Alves de Azevedo e José Lourenço Souza Dias em comitiva, invadiram o auditório da Câmara de Vereadores, para impedir a realização da Assembleia de Ratificação da Fundação da LUTE-Sindicato.

Ao iniciar o processo de apreciação da pauta, foi detectado que cerca de trinta participantes não pertenciam à base prevista no edital, por isso foi solicitado que os mesmos se identificassem. Atendendo à solicitação, Ivone Alves de Azevedo revelou que representava a APLB, se arrogando de modo exclusivo o direito de apresentar-se como representante dessa categoria.

A partir desse momento, a APLB e sua comitiva iniciaram um tumulto, com arruaças, insultos e intimidações, na tentativa de impedir de maneira grotesca uma assembleia legítima da

categoria. Como não conseguiram tal intento, utilizaram de métodos escusos: roubaram o livro de assinaturas e o Estatuto Social original da LUTE-Sindicato.

O roubo foi notificado aos presentes, pois o crime havia sido registrado pelo circuito interno do auditório da Câmara de Vereadores, captando as imagens do crime. Nesse momento, a última pessoa inscrita, que fazia parte da comitiva da APLB, pediu para que seu agrupamento abandonasse o plenário, ao que foi prontamente atendida.

Após o término da assembleia, a coordenação da LUTE-Sindicato se encaminhou ao DISEP, a fim de prestar queixa-crime do ocorrido e apresentar o vídeo, contendo imagens do delito na 10ª Coordenadoria de Polícia de Vitória da Conquista, sob o nº da guia 1002010006360, às 18:26.

Absurdamente, no dia 27 de abril de 2010, às 15 horas, após registrar o estatuto da LUTE-Sindicato e a ata da referida assembleia, no Cartório de Registro de Títulos e Documentos de Vitória da Conquista, o coordenador administrativo foi questionado por uma oficial do cartório sobre a duplicidade de documentos da LUTE-Sindicato, pois outra pessoa estava tentando registrar o estatuto da entidade e a ata da mesma assembleia.

Sob a orientação da oficial do cartório, o coordenador da LUTE verificou a ata, a qual continha as assinaturas dos diretores de organização da APLB-Sindicato: Ivone Alves de Azevedo e José Lourenço Souza Dias e as assinaturas do livro de presenças roubado.

O coordenador da LUTE-Sindicato pediu ao portador dos documentos para se identificar, e o mesmo se apresentou como Wellington Brito, funcionário da APLB-Sindicato de Itapetinga. Então, a oficial de cartório não registrou os documentos que estavam sob a posse do funcionário da APLB, e este deixou o recinto imediatamente.

Diante desses fatos, a LUTE-Sindicato vem a público repudiar, com veemência, a postura adotada pelos diretores da APLB-Sindicato, pelos crimes de roubo e falsificação de documentos, ficando evidenciada, assim, a degeneração da APLB.

Vitória da Conquista, 30/04/2010.




segunda-feira, 26 de abril de 2010

Começou a palhaçada!


Eta.......começou a palhaçada! Bem vindos  senhoras e senhores, esta começando a palhaçada, e sejam todos bem vindos ao circo em Ipiaú. Os nossos atores principais são os que vivem exclusivamente da podre política, e, com vocês nossos palhaços que encontram risos na platéia. Queremos dizer que nossos palhaços são pessoas esquisitas.De onde eles vem? Quem são seus pais? Onde trabalharam quando jovens? Quais obras fizeram para nosso povo? Quando estão aqui em nossa terra? Há, essa é fácil, de quatro em quatro anos.

Esqueçam o circo e vamos falar de nossos " heróis"

Que maravilha! Senhor Gedel, grande empresário do gado, pessoa presente dia-a-dia em Ipiaú, já faz parte da nossa rotina ver o Gedel pelas ruas da cidade acenando para os amigos, encontramos ele sempre nos bancos da Praça Ruy Barbosa e sempre esta na missa aos domingos, de vez em quando também vemos o Gedel nos clubes da nossa cidade conversando com os amigos, jogando um baralho, e sempre esta presente na alvorada de São Roque. Taí, grande pessoa. Para quem é de Ipiaú sabe do que estamos falando. Questão de vestibular essas afirmações. ( v ) verdadeiro x falso ( f ), a resposta é com vocês.

Buscando o passado deles! MATÉRIA 2007 DO MP da Bahia

Jabes Ribeiro responde por ato de improbidade

O ex-prefeito de Ilhéus, Jabes de Souza Ribeiro, sob quem pesam 20 ações

de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público, vai responder a primeira delas. A juíza substituta da 2ª Vara da Fazenda Pública de Ilhéus, Emanuelle Vita Leite, decidiu dar prosseguimento a uma ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito e o ex-secretário municipal de Saúde por contratação irregular de servidor público. De acordo com a promotora de Justiça Karina Cherubini, o diferencial no caso é que existem outras ações por improbidade na comarca, algumas aforadas há mais de seis anos, que ainda não foram apreciadas pela Justiça, como as outras 19 ações contra Jabes Ribeiro, sete contra o ex-prefeito Antonio Olímpio da Silva e três contra o atual chefe do executivo municipal, Valderico Luiz dos Reis. “Esta decisão judicial marca um novo período e começa a demonstrar o comprometimento do Poder Judiciário local, em especial da juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública, com a celeridade processual”, comemora a representante do MP.

Fonte:

http://www.mp.ba.gov.br/imprensa/informativos/2007/mp_57.pdf

Não entendo como pessoas tão boas e agora ingênuas como Jô da AABB declara apoio a pessoas desse tipo, seria fundamental que pessoas como Jô, formador de opinião, e pessoa séria, repudiasse políticos dessa natureza. A todos que não conhecem esses candidatos, procurem baixar um ficha e verá quem são essas figurinhas.

MARIO NEGROMONTE!
O QUE FEZ? O QUE FAZ? E O QUE VAI FAZER?
RESPÒNDE IPIAÚÚÚÚÚÚÚÚÚ.......................MAS UM CAÇADOR DE VOTOS DOS TRABALHADORES DE NOSSA TERRA!

 Vamos todos evitar de ir ao circo!
A besta fera sorriu para mim

Pela TV, deparei com um bicho de sete cabeças e de vários braços. Devido à sua queda, ele estava com diversos sintomas de doenças, de feiúra sem igual, indicado por economistas que entendem muito bem do assunto. Desde febre alta, agitação, dilaceramento dos órgãos e até suspeita de parada cardíaca, demonstrava ter. Ainda assim, conseguia respirar pelos balões de oxigênio dos caudatários, que não deixa-o, mormente, nos momentos mais agudos.


Na maioria das vezes, ele se apresenta igualmente uma pessoa virtuosa, e tem uma beleza abundante comparada a Psiquê, assim, se veste todo de azul. Mas em sua euforia, se traja de vermelho. Esse é o sinal da sua monstruosidade maior, e é aí que incide o perigo. Muitos dos membros se degeneram e, dependendo de cada caso, outros se fortalecem. Para que ele saia da precariedade e do mal-estar, aumentam-se os preços da alimentação, saúde, educação, moradia, dentre outros. Corta-se verba pública para isso, para aquilo, enfim, contenção de gasto da política do Bem-Estar Social – para não dizer neoliberal!

Qualquer sinal de manifestação popular, a besta fera fica furiosa, assim, os trabalhadores (as) são “degolados (as)”. Na verdade, é devido a esse fator que a economia oscila como as ondas do mar. Nas alturas, sobe os mercenários, quando a pressão está em baixo, salve se quem puder!

Infelizmente, poucas são as pessoas que conseguem enxergá-lo pela TV, menos ainda são as que sabem de que bicho se trata; uma vez que ele tem sete cabeças, mas se veste de um arcabouço de palavras “sofisticadas” – um empório de nomes difíceis, quando não muitas das vezes por “transação” de siglas, a exemplo de Debênture, Broker, BM&F, Nasdaq, BOVESPA, etc. – uma assombrosa feira franqueada a comercialização de ações e títulos.

No entanto, nos telejornais, especificamente, fala a respeito desses e de dezenas de outros nomes complicados como se fossem comum aos expectadores(as), com o intuito de escamotear o bicho de sete cabeças. Na intimidade, alguns chamam de bolsa de valores – coisa de quem entende do assunto. No entanto, não considero que tenha muito valor assim, já que ele não respeita a vida, sobretudo, de quem não tem moeda forte para alimentá-lo. O que vejo, é mesmo um bicho esquisito, e que não come somente criancinhas.

Justino Cosme - Correspondente Stª Maria da Vitória

sexta-feira, 9 de abril de 2010


Falece Júlio Simões, militante do PSTU


É com muito pesar que comunicamos aos militantes e simpatizantes do PSTU o falecimento do companheiro Júlio Simões, ontem à tarde, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Nosso camarada, natural de Itabuna, onde esteve sempre presente nas lutas dos movimentos sociais, tinha acabado de se mudar para Camaçari, onde faleceu vítima de um atropelamento.

Nesse difícil momento o Partido leva a seus familiares, companheiros e amigos, seu sincero pesar.

Com apenas 24 anos e cerca de seis anos defendendo a causa dos trabalhadores nas fileiras do PSTU, a firmeza ideológica e a disposição revolucionária eram suas características marcantes, que seguirão como exemplo a todos que o conheceram.

Ainda que sua vida precocemente se encerre agora, este jovem revolucionário será sempre lembrado por todos nós. Suas convicções e sua luta incessante por uma sociedade mais justa permanecerão em cada momento de nossa militância.

domingo, 4 de abril de 2010


DEZ ANOS SEM EUCLIDES NETO:
O HOMEM, SEU ESPAÇO E SEU TEMPO 

O Curso de Letras da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Campus XXI, Ipiaú, em parceria com o Curso de História da Faculdade Santo Agostinho – FACSA – promoverá, nesta cidade, no dia 05 de abril de 2010, a partir das 19h, no referido Campus, evento para recordar o legado do escritor, político e advogado Euclides José Teixeira Neto (1925 – 2000).
Este evento, coordenado pelos Professores Vitor Hugo Martins (UNEB) e Albione Souza (FACSA), marcará os 10 anos de ausência do intelectual e político baiano, profundamente identificado com seu espaço e seu tempo, muito embora ainda pouco estudado, mesmo entre nós da região cacaueira.
Euclides Neto publicou catorze livros, iniciando sua obra, aos dezessete anos, com Por que o homem não veio do macaco (1942), e findado-a com O tempo é chegado (2002).
No campo político, foi prefeito do município de Ipiaú, BA, entre 1963-1967, onde implantou uma das primeiras experiências de reforma agrária no País, o que lhe custou abertura de um IPM (Inquérito Policial Militar, em 1964. Ocupou, ainda, a Secretaria Estadual de Reforma Agrária no governo de Waldir Pires (1987-1989).
Esta será a programação:
a) 19h – Abertura. Sket, com as acadêmicas do 7º Semestre de Letras da UNEB – Campus XXI, Josilene Nery de Souza e Lucielma Lopes de Oliveira, sobre fragmento do romance A enxada e a mulher que venceu seu próprio destino, de Euclides Neto;
b) 19h30min – Exibição do documentário EUCLIDES NETO O HOMEM E SEU TEMPO, dirigido pelo Professor Albione Souza;
c) 20h15min – Composição da Mesa (Prof. Otávio de Jesus Assis, Diretor do Campus XXI (UNEB), Prof. Vitor Hugo Martins (UNEB), Prof. Albione Souza (FACSA) e Dr. Marcelo Teixeira (Filho de Euclides Neto);
d) 21h15min – Intervenções do público;
e) 22h - Encerramento.
* Haverá também, durante o evento, exposição fotográfica intitulada EUCLIDES NETO: UM ESPÍRITO LIVRE.



segunda-feira, 29 de março de 2010


Teólogo “universal” e teólogo “específico


om todas as reviravoltas e mudança no fazer e no saber sobre o conhecimento, o mundo mudou e seguiu uma lógica que parece não ter lógica. Houve um período na história que se buscava nos “detentores” do conhecimento uma postural universal, ou seja, eles deveriam abarcar no seu discurso e no seu saber o que era justo e verdadeiro para todas as pessoas. Gostaríamos de pensar analogicamente a partir da análise que Michael Foucault faz em relação ao intelectual universal e o intelectual específico. A partir da segunda grande guerra mundial esse panorama foi alterado. O mundo passou a identificar melhor a postura do teólogo específico por conta dos rumos que a humanidade tomou depois desse evento que se configurou como uma amostra do que é usar o poder e o saber.

A interferência mais direta na política e no poder a partir dos saberes localizados ou específicos como a biologia, a física, a química, a teologia, dentre outros, impulsionou o surgimento e a valorização dos conhecimentos específicos, colocando ou devolvendo desta forma o poder e o saber nas diversas camadas da sociedade e/ou da humanidade. Para Foucault “a figura em que se concentram as funções e os prestígios deste novo intelectual não é mais a do ‘escritor genial’, mas a do ‘cientista absoluto’”; não mais aquele que empunha sozinho os valores de todos, que se opõe ao soberano ou aos governantes injustos e faz ouvir o seu grito até na imortalidade; é aquele que detém, com alguns outros, ao serviço do estado ou contra ele, poderes que podem favorecer ou matar definitivamente a vida. Não precisamos mais dos que falam apenas da eternidade, mas sim, daqueles que criem ou fomentem estratégias para a dignidade da vida e até mesmo da morte.

O teólogo universal é aquele que se arvora a falar como representante da verdade e da justiça, sendo ele, uma espécie de consciência de todos. Essa idéia oriunda da parte ruim do marxismo pretende fazer do teólogo universal, através do seu posicionamento moral, espiritual, político, teórico, um detentor desta universalidade que ele pensa englobar em sua teologia e práxis. Alguns, ainda que nostalgicamente, querem a volta ou o aparecimento dos grandes teólogos universais para regerem nosso estilo de vida, dizendo eles faltar uma visão de mundo ou uma grande teologia hodierna. Entretanto, vivemos um momento em que o papel do teólogo específico deve ser reelaborado, visto que, o caminho na qual o mundo percorre é mais propício ao um melhor desenvolvimento específico do que universal.

Diante das circunstâncias sociais o papel do teólogo especifico deve se tornar cada vez mais importante. Na medida em que, quer queira ou não ele deve assumir responsabilidades políticas, sociais, culturais. O teólogo universal não se compromete diretamente com a situação, pois ele fica longe dos acontecimentos que ele apenas pensa e formula teorias para regulamentar determinada situação. Em outras palavras, o seu engajamento com a vida concreta não é percebida porque enquanto ele apenas teoriza sobre a vida, ela continua a ser vivida ou morrida por aquele que são vitimas ou vilões desse sistema cruel que degenera a vida.

É importante deixar claro que o nosso objetivo não é acabar com o passado e muito menos ser um iconoclasta, o que queremos é chamar a atenção para uma realidade que exige o específico e não o universal. O trabalho do teólogo específico é ajudar a desmascarar um poder que domina não apenas pela força, mas pela absolvição do seu regime pelos habitantes de um lócus social. O não envolvimento do teólogo com essas pessoas resulta na manutenção desse status quo (religioso, político, social, econômico) que visivelmente contribui para a destruição da vida em todas as suas possibilidades.

Podemos suspeitar que o motivo para o não envolvimento por parte de muitos teólogos com as coisas específicas, ou seja, com a vida concreta dos seres humanos e de toda a criação, é devido ao medo da perseguição que o teólogo específico terá sobre si devido o poder de denúncia que estará em suas mãos, não mais em função de seu discurso geral e sim, por conta das denúncias que ele trará de uma realidade concreta que não agüenta mais o despotismo, os variados abusos e a arrogância da riqueza.

Enfim, a religião, a política, a economia, a ciência e no limite a sociedade, não precisam mais de detentores das verdades universais, pois eles não se envolvem com as questões práticas da vida mesmo que pensando e formulando teses sobre ela. É importante o surgimento e o fortalecimento do teólogo específico que sabe que sua construção do pensamento e sua prática não devem ser longe da vida e de tudo que promova e afirme a dignidade humana. Com ele deve existir a criação de novos valores respaldados por um novo jeito de teologar e, essa nova forma de se fazer teologia deve criar e fomentar valores que estejam em consonância com o corpo, com a vida, com a terra e com Deus.

Fábio Porto
1ª Igreja Batista de rio Novo




sábado, 27 de março de 2010


O júri condenou, na madrugada deste sábado (27), Alexandre Nardoni, de 31 anos, e Anna Carolina Jatobá, de 26 anos, pela morte da menina Isabella, ocorrida na noite de 29 de março de 2008. O casal foi considerado o responsável por asfixiar e jogar pela janela do sexto andar do edifício London a criança que, na época, tinha cinco anos.
À 0h17, o juiz Maurício Fossen retomou a sessão agradecendo a participação do promotor, da defesa do casal, dos jurados e de todas as pessoas presentes no júri. Em seguida, ele falou brevemente sobre a importância do tribunal do júri.
Na sequência, Fossen deu início a leitura dos autos da sentença. Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão a ser cumprido em regime fechado. Anna Carolina Jatobá recebeu pena de 26 anos e oito meses de reclusão a ser cumprida inicialmente em regime fechado. Ambos por homicídio doloso triplamente qualificado. A pena dos dois foi acrescida de mais oito meses por crime de fraude processual, que eles poderão responder em regime semiaberto. Foi negado aos dois o direito de recorrer da sentença em liberdade.
A pena de Nardoni foi maior que a de Jatobá porque o crime que ele cometeu, segundo a Justiça, foi contra um, descendente.
A decisão foi aclamada pelo público em frente ao Fórum de Santana, que chegou a soltar rojões em comemoração à condenação do casal.
Reforço na segurança
Para garantir a segurança no transporte dos participantes do júri e dos condenados até o presídio, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) isolou faixas de trânsito em frente ao fórum. Apenas uma é transitável.
A Polícia Militar estima que cerca de 200 pessoas, sem contar com a imprensa e profissionais que trabalharam no julgamento, estejam concentradas em frente ao fórum nesta madrugada.
O crime
Isabella Nardoni morreu após cair da janela do sexto andar do Edifício London, na Vila Mazzei, zona norte de São Paulo. No apartamento, moravam o pai dela, Alexandre Nardoni, a madrasta, Anna Carolina Jatobá, e os dois irmãos menores. A menina morava com a mãe e passava alguns dias com o pai.
O crime aconteceu à noite depois que o casal e a menina voltaram para o apartamento deles após um passeio. Nardoni e Anna afirmam que uma terceira pessoa, nunca identificada, invadiu o local e jogou a menina, que tinha 5 anos depois que o pai a deixou no quarto e voltou para o carro para a judar a mulher a levar os dois filhos pequenos do casal, que estavam adormecidos.
A acusação defendeu durante o julgamento que eles estavam, no apartamento na hora do crime.
Peritos da Polícia Civil disseram à época que Isabella foi espancada e esganada dentro do apartamento, antes de ser jogada pela janela do sexto andar. Dias depois a polícia afirmou que não existia uma terceira pessoa no apartamento na noite da morte de Isabella.
Com isso Alexandre e Anna foram presos acusados do crime. Em quase dois anos presos, eles nunca disseram ter matado Isabella e nem se acusaram mutuamente pelo crime.