sábado, 30 de janeiro de 2010

Colisão provoca incêndio de quatro veículos e seis pessoas morrem perto de Jequié


Um acidente ocorrido nesta sexta-feira (29), na BR-116, provocou a morte de seis pessoas. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, sete veículos se envolveram em uma colisão a 20 quilômetros de Jequié, cidade localizada no sudoeste da Bahia. No acidente, quatro carros pegaram fogo.

Agentes da Polícia Rodoviária Federal informaram que um carro com placa de Maceió teria feito uma ultrapassagem indevida em um local conhecido como “curva da jiboia”, e bateu de frente com um ônibus fretado que ia de João Pessoa (PB) para Belo Horizonte (MG). Cinco veículos que vinham atrás não conseguiram desviar e bateram nos dois veículos, que estavam no meio da pista.

Com o acidente, um carro de passeio, duas carretas e um caminhão pegaram fogo – todas as seis vítimas estavam nestes veículos. Os corpos, completamente carbonizados, foram retirados das ferragens, mas a Polícia Rodoviária Federal informou que as vítimas somente serão identificadas por meio de exames da arcada dentária ou DNA.
Minutos depois do acidente, enquanto o Corpo de Bombeiros tentava controlar as chamas, centenas de pessoas que moram em povoados localizados nas imediações da BR-116 invadiram a pista e saquearam toda a carga de cosméticos que era transportada pelo caminhão envolvido na colisão. Sete pessoas que estavam nos outros três carros envolvidos no acidente não tiveram ferimentos, exceto uma mulher, que sofreu uma fratura na mão direita.
O tráfego na BR-116 ficou interrompido por mais de cinco horas. Ao ser liberado, no final desta tarde, havia um congestionamento de cerca de 15 quilômetros na rodovia. [VEJA AS FOTOS]
Texto: Souza Andrade

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

FALÊNCIA DA MÍDIA EM IPIÁU


FALÊNCIA DA MÍDIA EM IPIÁU

Em Ipiaú vivemos o momento BUMMMMMMM da mídia, porém é triste ver que a mídia escrita, falada e online de Ipiáu vive um momento de falência.
Diante de uma TRIBUNA vejo a região tão pobre e carente, AGORA é triste.... não tem mais jeito, o cacau se foi. Notícias se ouviram de todos os lados, INFORMES mesquinhos e manipulados foram dados em Ipiaú, tudo tem um preço.! Os vizinhos disseram que a FM e AM juntas só ganham para o programa do ratinho, isso é uma crítica? Sei lá, o ratinho é ruim assim? Há....mas quem banca os programas são pessoas tão incultas assim? São verdadeiros amantes do dinheiro? Estamos na era online, é verdade, do jeito que vai nossa cidade vai se tornar cidade online, imaginem IPIAÚ ONLINE, seria uma aberração, mas logo teríamos um bombardeio de notícias, e ai mudaríamos o nome da cidade para IPIAÚ NOTÍCIAS, mas seria muito ruim, seriam muitas notícias pobres e manipuladas afim de defender interesses e problemas pessoais, pois notícias em ipiaú tem sido assim. " quem paga a banda, escolhe a música"

Abraços e Saudações a todos.

Lucas Bonina

Aquecimento global: Cientista diz que aquecimento é farsa


Cientista diz que aquecimento é farsa
Para Luiz Molion, o efeito estufa existe apenas para garantir a eleição de Al Gore
O aquecimento global não passa de uma farsa montada por grandes grupos financeiros que dominam a economia mundial. E mais: não há indícios científicos que comprovem essa teoria. Ao invés de aquecimento, o planeta começou a entrar numa fase de resfriamento, que deve durar 20 anos. O resfriamento provocará a redução das chuvas, aumento de geadas no sul do Brasil e até 20% de aumento de secas na Amazônia.
O autor da polêmica idéia, também defendida por poucos estudiosos é o doutor em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin (EUA) e representante da América Latina junto à Organização Meteorológica Mundial, o brasileiro Luiz Carlos
Baldicero Molion. Ele esteve em Belém na semana que passou, participando da 5ª Amazoníada.
Molion não teme represálias por defender uma idéia que garante ser produto de profundos estudos e afirma que os alarmistas de plantão montaram uma fraude científica cujo objetivo principal seria eleger o ex-vice-presidente norteamericano
Al Gore para a Presidência dos Estados Unidos. Gore ganhou no mês passado o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o aquecimento global. O brasileiro vê contradições na comunidade científica, mas não se diz disposto a encampar 'mentiras' como a do aquecimento global, que, para ele, acabou em 1998, como concordam outros 'cientistas independentes'. E cita o caso de Robert Carter, investigador do Laboratório Geofísico da Universidade James Cook, da Austrália, no simpósio em Estocolmo, na Suécia, no ano passado. Lá, ele comparou resultados obtidos com cilindros de gelo, da Antártida e da Groenlândia, e sedimentos marinhos da plataforma ...
Para Luiz Molion, o efeito estufa existe apenas para garantir a eleição de Al Gore.
PACÍFICO
O termômetro da temperatura global é o oceano Pacífico, que ocupa 35% da superfície terrestre. Ele passa 30 anos aquecendo suas águas e outros 30, resfriando. De 1977 a 1998, o oceano esteve mais quente. Esse período coincide
com o aumento da temperatura média do planeta. Mas, desde 1999, o Pacífico dá sinais de que está esfriando. Como o sol também vai produzir menos energia, a conclusão de Molin é uma só: 'Nos próximos 20 anos acontecerá o período
de resfriamento da Terra'.
A prova de que esse resfriamento já está chegando foi que no sul do Brasil e da América do Sul, o inverno foi extremamente rigoroso entre os meses de julho e agosto passado. Seus colegas que trabalham com pesquisa em agronomia relataram que em locais como São Joaquim (SC), a temperatura na superfície chegou a 12 graus abaixo de
zero. 'Como é que se vai explicar para alguém que está havendo aquecimento global se ele pega invernos tão rigorosos como esse?', questiona. Ele mesmo produziu um mapa climático provando que, em média, as temperaturas no Centro e no Norte da Argentina estiveram sete graus abaixo do normal entre julho e agosto. Isto só ocorreu porque
está havendo o resfriamento.
Por que, então, quem vive na Amazônia, por exemplo, não sente muito essa queda de temperatura? Resposta: ao contrário, o resfriamento tende a reduzir a cobertura de nuvens. Se isso ocorre, entra maior radiação solar e a sensação
de quem está na superfície é de temperatura mais alta. Fora dos trópicos, como nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia, essas populações irão sofrer mais com o resfriamento nos próximos 20 anos.
Em relação ao consumo de petróleo e à queima de combustíveis fósseis no ar, o Brasil é o 16º colocado, porque grande parte do nosso consumo de energia sai de hidrelétricas. Mas, se o país adicionar a isso a queima de florestas saltamos para o
quarto lugar, segundo os defensores do aquecimento global. As queimadas na Amazônia, diante disso, produziriam, com o lançamento de gás carbônico na atmosfera, uma contribuição negativa para o mundo. Molin duvida disso.

Eduardo Galeano: Os pecados do Haiti




• A democracia haitiana nasceu há um instante. No seu breve tempo de vida, esta criatura faminta e doentia não recebeu senão bofetadas. Era uma recém-nascida, nos dias de festa de 1991, quando foi assassinada pela quartelada do general Raoul Cedras. Três anos mais tarde, ressuscitou. Depois de haver posto e retirado tantos ditadores militares, os Estados Unidos retiraram e puseram o presidente Jean-Bertrand Aristide, que havia sido o primeiro governante eleito por voto popular em toda a história do Haiti e que tivera a louca idéia de querer um país menos injusto.

O voto e o veto
Para apagar as pegadas da participação estadunidense na ditadura sangrenta do general Cedras, os fuzileiros navais levaram 160 mil páginas dos arquivos secretos. Aristide regressou acorrentado. Deram-lhe permissão para recuperar o governo, mas proibiram-lhe o poder. O seu sucessor, René Préval, obteve quase 90 por cento dos votos, mas mais poder do que Préval tem qualquer chefete de quarta categoria do Fundo Monetário ou do Banco Mundial, ainda que o povo haitiano não o tenha eleito com um voto sequer.

Mais do que o voto, pode o veto. Veto às reformas: cada vez que Préval, ou algum dos seus ministros, pede créditos internacionais para dar pão aos famintos, letras aos analfabetos ou terra aos camponeses, não recebe resposta, ou respondem ordenando-lhe:

– Recite a lição. E como o governo haitiano não acaba de aprender que é preciso desmantelar os poucos serviços públicos que restam, últimos pobres amparos para um dos povos mais desamparados do mundo, os professores dão o exame por perdido.

O álibi demográfico
Em fins do ano passado, quatro deputados alemães visitaram o Haiti. Mal chegaram, a miséria do povo feriu-lhes os olhos. Então o embaixador da Alemanha explicou-lhe, em Port-au-Prince, qual é o problema:

– Este é um país superpovoado, disse ele. A mulher haitiana sempre quer e o homem haitiano sempre pode.

E riu. Os deputados calaram-se. Nessa noite, um deles, Winfried Wolf, consultou os números. E comprovou que o Haiti é, com El Salvador, o país mais superpovoado das Américas, mas está tão superpovoado quanto a Alemanha: tem quase a mesma quantidade de habitantes por quilômetro quadrado.

Durante os seus dias no Haiti, o deputado Wolf não só foi golpeado pela miséria como também foi deslumbrado pela capacidade de beleza dos pintores populares. E chegou à conclusão de que o Haiti está superpovoado... de artistas.

Na realidade, o álibi demográfico é mais ou menos recente. Até há alguns anos, as potências ocidentais falavam mais claro.

A tradição racista
Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até 1934. Retiraram-se quando conseguiram os seus dois objetivos: cobrar as dívidas do City Bank e abolir o artigo constitucional que proibia vender plantações aos estrangeiros. Então Robert Lansing, secretário de Estado, justificou a longa e feroz ocupação militar explicando que a raça negra é incapaz de governar-se a si própria, que tem "uma tendência inerente à vida selvagem e uma incapacidade física de civilização". Um dos responsáveis da invasão, William Philips, havia incubado tempos antes a ideia sagaz: "Este é um povo inferior, incapaz de conservar a civilização que haviam deixado os franceses".

O Haiti fora a pérola da coroa, a colónia mais rica da França: uma grande plantação de açúcar, com mão-de-obra escrava. No Espírito das Leis, Montesquieu havia explicado sem papas na língua: "O açúcar seria demasiado caro se os escravos não trabalhassem na sua produção. Os referidos escravos são negros desde os pés até à cabeça e têm o nariz tão achatado que é quase impossível deles ter pena. Torna-se impensável que Deus, que é um ser muito sábio, tenha posto uma alma, e sobretudo uma alma boa, num corpo inteiramente negro".

Em contrapartida, Deus havia posto um açoite na mão do capataz. Os escravos não se distinguiam pela sua vontade de trabalhar. Os negros eram escravos por natureza e vagos também por natureza, e a natureza, cúmplice da ordem social, era obra de Deus: o escravo devia servir o amo e o amo devia castigar o escravo, que não mostrava o menor entusiasmo na hora de cumprir com o desígnio divino. Karl von Linneo, contemporâneo de Montesquieu, havia retratado o negro com precisão científica: "Vagabundo, preguiçoso, negligente, indolente e de costumes dissolutos". Mais generosamente, outro contemporâneo, David Hume, havia comprovado que o negro "pode desenvolver certas habilidades humanas, tal como o papagaio que fala algumas palavras".

A humilhação imperdoável
Em 1803 os negros do Haiti deram uma tremenda sova nas tropas de Napoleão Bonaparte e a Europa jamais perdoou esta humilhação infligida à raça branca. O Haiti foi o primeiro país livre das Américas. Os Estados Unidos tinham conquistado antes a sua independência, mas meio milhão de escravos trabalhavam nas plantações de algodão e de tabaco. Jefferson, que era dono de escravos, dizia que todos os homens são iguais, mas também dizia que os negros foram, são e serão inferiores.

A bandeira dos homens livres levantou-se sobre as ruínas. A terra haitiana fora devastada pela monocultura do açúcar e arrasada pelas calamidades da guerra contra a França, e um terço da população havia caído no combate. Então começou o bloqueio. A nação recém nascida foi condenada à solidão. Ninguém comprava do Haiti, ninguém vendia, ninguém reconhecia a nova nação.

O delito da dignidade
Nem sequer Simón Bolívar, que tão valente soube ser, teve a coragem de firmar o reconhecimento diplomático do país negro. Bolívar conseguiu reiniciar a sua luta pela independência americana, quando a Espanha já o havia derrotado, graças ao apoio do Haiti. O governo haitiano havia-lhe entregue sete naves e muitas armas e soldados, com a única condição de que Bolívar libertasse os escravos, uma idéia que não havia ocorrido ao Libertador. Bolívar cumpriu com este compromisso, mas depois da sua vitória, quando já governava a Grande Colômbia, deu as costas ao país que o havia salvo. E quando convocou as nações americanas à reunião do Panamá, não convidou o Haiti mas convidou a Inglaterra.

Os Estados Unidos reconheceram o Haiti apenas sessenta anos depois do fim da guerra de independência, enquanto Etienne Serres, um gênio francês da anatomia, descobria em Paris que os negros são primitivos porque têm pouca distância entre o umbigo e o pênis. A essa altura, o Haiti já estava em mãos de ditaduras militares carniceiras, que destinavam os famélicos recursos do país ao pagamento da dívida francesa. A Europa havia imposto ao Haiti a obrigação de pagar à França uma indemnização gigantesca, a modo de perda por haver cometido o delito da dignidade.

A história do assédio contra o Haiti, que nos nossos dias tem dimensões de tragédia, é também uma história do racismo na civilização ocidental.