sexta-feira, 16 de julho de 2010

SENADOR É PROF.ALBIONE 160


      Prof. Albione é 160 
           SENADOR!




Nasceu e cresceu em Ipiaú (BA) e está com 37 anos  Graduou-se em História pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Especializou-se em Educação Cultura e Memória pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Atualmente, leciona na rede de ensino estadual e, também, na rede municipal de Ipiaú. É preciso fortalecer essa capanha com seu voto! Vamos unir a corrente. É 160 para Senador. O voto certo é no professor!

Governador o PSTU apresenta  Carlos Nascimento.16       
Deputado Federal o PSTU tem o Professor  Danilo Marques - 1616
Deputado estadual o PSTU defende a candidatura do Índio – 16.123
Presidente é Zé Maria  - 16 - contra burgês!


terça-feira, 13 de julho de 2010

Acidente de carro em Ipiaú deixa cinco mortos.

Na noite de segunda para terça, Ipiaú recebe mais uma triste notícia. Um automóvel Fiesta perdeu o controle e capotou por várias vezes próximo  a ponte do ria da água branca, BR 330, em seguida colidiu com um veículo parado.
O veículo que ficou totalmente destruído, tinha como seus ocupantes Arlan Bispo Santana(19 anos), Elias Mathias de Santana(26 anos), Udemir Silva Santos(18 anos) – residentes nas imediações da Rua da Granja e Travessa Dois de Dezembro em Ipiaú e mais duas vítimas que devido a força do impacto não foram possíveis identificar. Os corpos estão no IML de Jequié, onde serão necropsiados e posteriormente devidos aos familiares

Infelizmente esse não é o primeiro acidente naquela região, enquanto não forem tomadas medidas de segurança por partes das autoridades locais, estaremos acordando com notícias desse tipo.
Aproveitando esse momento, é importante que a população de Ipiaú cobre dos setores responsáveis, uma medida onde venha organizar o trânsito da cidade. A cidade vive um caos no trânsito, ruas mau sinalizadas, carros estacionados em locais indevidos, ruas de dupla- mão que já não comportam. Tudo isso precisa ser dito e cobrado pela comunidade.

Não adianta os representantes e responsáveis pelo trânsito da cidade irem as rádios cobrando dos motoristas uma postura diferente, sem que junto a isso se faça o que deve ser feito por esses gestores.
Venho nesse momento desejar a todos os familiarias muita força e paz no coração de todos vocês nesse momento delicado.



domingo, 4 de julho de 2010

Estatuto da igualdade racial: a aprovação de uma farsa

Estatuto da igualdade racial: a aprovação de uma farsa

Projeto marca um retrocesso nas reivindicações históricas do movimento, como a política de cotas



Cláudia Durans, pré- candidata a vice-presidente pelo PSTU, e Hertz Dias
 


• Foi com entusiasmo que o ex-ministro da Igualdade Racial Edson Santos celebrou a aprovação do Estatuto da (des)Igualdade Racial pelo Senado. Mas não há nada o que comemorar, pois o texto não representa as reivindicações históricas do povo negro. O estatuto, durante o tempo em que tramitou no Congresso, sofreu ataques da direita e de setores burgueses até ser aprovado totalmente diferente do projeto original.

O fato revela o cinismo e a perversidade da burguesia racista, herdeira econômica, política e culturalmente dos escravocratas, que pretende continuar mantendo a exploração, a opressão e a humilhação da população negra.

A expectativa era de que o Estatuto da Igualdade Racial fosse um instrumento que de fato contribuísse para enfrentar a discriminação racial. E que também estabelecesse políticas de ações afirmativas para garantir os direitos essenciais dos afrodescendentes vitimados pelo processo de histórico de escravidão.

No entanto, o que poderia ter sido um avanço não passou de um acordo entre o PT, através do senador Paulo Paim (RS), a SEPPIR (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e representantes do agronegócio e ruralistas, por meio do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), relator na Comissão de Constituição e Justiça.

Assim, o estatuto aprovado é a síntese mais fiel da aliança de forças nacionais que representa o governo Lula. A secretaria de igualdade racial deste governo nada fez de concreto para reduzir as desigualdades raciais no Brasil. Ao contrário, não passou de acessório, de uma simbologia racial para cooptar parte da militância negra.

Desta forma, o estatuto aprovado suprimiu pontos importantes como as cotas para negros nas universidades públicas, o que não nos causa espanto, pois o relator defende as “cotas sociais” e não raciais, e que o acesso à universidade deve ser baseado no “princípio do mérito e da capacidade de cada um”.

Da mesma forma, foram suprimidas as cotas do mercado de trabalho, assim como a redução do percentual de 30% para 10% de cotas reservadas à participação de negros em partidos políticos.

Outro aspecto importante excluído do texto original foi o que tratava da regularização de terras para remanescentes de quilombos, um erro muito grave. A retirada deste tema não considera os quilombolas como proprietários de territórios historicamente ocupados, como forma de sobrevivência física e cultural desta população. Acrescentou-se a esse documento o incentivo fiscal que o governo poderá dar a empresas com mais de 20 funcionários que decidirem contratar pelo menos 20% de negros.

Há ainda neste estatuto erros gravíssimos do ponto de vista conceitual, a exemplo da retirada das categorias raça, escravidão e identidade negra. No que se refere a raça, o argumento utilizado enfatiza que do ponto de vista genético as raças não existem. No entanto, como conceito social, esta categoria ganhou um novo significado através do movimento negro e por intelectuais de várias áreas de conhecimento. O sentido é o de deixar clara a hierarquização da sociedade brasileira, na qual os grupos étnicos foram e são marcados por profundas desigualdades e discriminações.

Na mesma direção, foi rejeitado o termo escravidão, pois ele foi considerado como tradicional e inadequado, pois se trata de algo do passado. Como a sociedade brasileira está em transição, emergindo para uma sociedade democrática, com propostas de ações afirmativas que visam acabar com as desigualdades sociais, “escravidão” não seria o termo mais adequado.

Ora, a escravidão do negro no Brasil durou quase quatrocentos anos, em contraste com apenas 122 anos de trabalho livre, o que constitui uma prolongada experiência histórica que até hoje deixa marcas profundas nessa população, tanto no que se refere ao acesso aos bens materiais e culturais, como na dificuldade de construção da identidade étnica.

Não restam dúvidas que o Estado brasileiro tem uma dívida histórica com o povo negro. O estatuto seria uma forma de buscar assegurar direitos políticos, econômicos, sociais e culturais desta população, através de uma política de ações afirmativas que dessem conta das demandas históricas.

Precisamos desfazer os mitos junto à população submetida à miséria, à violência cotidiana e aos programas assistencialistas, que reiteram a subalternidade e retiram a dignidade do ser humano. Assim como o significado do governo Lula, que tem suas raízes no movimento operário, que confirma as políticas racistas e reacionárias do DEM, impossibilitando o acesso da juventude à educação superior, da população negra a políticas de saúde diferenciadas, dos remanescentes de quilombo à terra.

Somamo-nos às 24 organizações do movimento negro que se manifestam contra a versão atual do Estatuto da Igualdade Racial, esvaziado de conteúdo de justiça racial. O estatuto aprovado não tem força de lei, foi rebaixado, tendo o caráter de apenas autorizar e não determinar, fazer cumprir. Isto fica visível inclusive com a retirada de recursos para sua execução pelos gestores, que não são obrigados a colocarem-no em prática.

O estatuto está na contramão dos avanços nas lutas institucionais do movimento negro contra o racismo, a exemplo da política de cotas implementada em muitas universidades públicas.

Conclamamos a juventude, as trabalhadoras e os trabalhadores negros para a luta contra a dominação racista, contra a exploração, por melhores condições de trabalho e de existência, para que reine a liberdade e as diferenças sejam respeitadas. Em defesa das cotas para negros nas universidades públicas! Pela titulação de terra aos remanescentes de quilombos!