domingo, 29 de maio de 2011

UNEB - UESB - UESC continuam em greve

Reunidos em assembleia na manhã de hoje, 27 de maio, os professores da UNEB deliberaram, por ampla maioria, pela continuidade da greve e rejeitaram a última proposta do Governo (veja aqui) por entender que mantém a cláusula da mordaça e não avança nas negociações sobre os dois pontos de pauta do movimento: a discussão do Decreto 12.583/11 e o acordo salarial 2010.

Para a categoria, o momento é de intensificar as mobilizações diante da intransigência e truculência do Governo. Na UESC e UESB, a greve também foi mantida e a proposta do Governo rejeitada. Na UEFS, haverá assembleia na próxima segunda-feira, 30 de maio, para avaliar o movimento.

Ato Público na Assembleia Legislativa – Dia 31 de maio

Na próxima terça-feira, 31 de maio, às 10h, o movimento dos professores das quatro Universidades Estaduais realizará um grande ato na Assembleia Legislativa (ALBA) em conjunto com estudantes e servidores. O objetivo é exigir o pagamento dos salários e o fechamento imediato do Acordo! Após o ato, o movimento da UNEB irá avaliar a viabilidade de acampar em algum prédio público. Venha preparado!

A ADUNEB informa que a entidade pagará despesas de deslocamento intermunicipal para participação no ato. O sindicato recomenda que os professores se organizem em bloco, por departamento, e fretem um ônibus. Alguns campi já confirmaram a vinda de caravanas para o ato e disposição de permanecer em Salvador para o acampamento.

Para organização financeira, a ADUNEB solicita que os professores enviem previamente os orçamentos do ônibus ou passagens intermunicipais para o email aduneb@atarde.com.br ou pelo telefone (71) 32357848.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Governo do PT - Jaques Wagner sem diferença do seu antecessor ACM

O Governo diz que faz mais pelo ensino superior, mas os fatos revelam o contrário.

Cortes de salários

•O governo Wagner mantém a postura autoritária de governos anteriores ao cortar os salários dos professores em greve. A greve é um direito constitucional conquistado pelos trabalhadores;

•Sem salários, cerca de cinco mil professores não têm condições de pagar suas contas como luz, água e telefone;

•Cortar salário é desrespeitar o trabalhador!

Ampliação de investimento

•O governo Wagner afirmou que fez incrementos recordes no ensino superior, no entanto, a educação teve queda de investimento prejudicando a sociedade baiana. Em quatro anos do Governo Wagner, a educação perdeu cerca de 1 bilhão de reais.

Absurdo

•Desde novembro de 2009, solicitamos uma reunião para tratarmos de nossas reivindicações. No entanto, só depois de um ano o governo abriu as negociações com os professores. No dia marcado para assinar o acordo salarial, o governo impôs uma condição nova para fechar o acordo: “não poderíamos reivindicar novos ganhos salariais por quatro anos”. Com esta condição, o governo paralisou as negociações.

•Só com greve dos professores e apoio da população baiana ao movimento, o governo reabriu as negociações. Mas, o governo na demonstra disposição para o diálogo, o que é necessário para uma verdadeira negociação.

Defasagem salarial

•A Bahia é o estado mais rico do Nordeste, entretanto o governador paga aos professores das universidades estaduais o segundo pior salário da Região.

•Temos perdas salariais em mais de 40%.

•O acordo salarial poderá dar ganhos salariais aos professores entre 7 e 18% apenas em 2014, mas não irá nos tirar da condição de piores salários do Nordeste. Por que o governo não quer que os professores façam novos acordos salariais nos próximos quatro anos? Será que sua intenção real é esvaziar as Universidades Estaduais forçando os professores a migrarem para outras instituições em busca de melhores salários e condições de trabalho e assim diminuir suas despesas e responsabilidades com o Ensino Superior baiano?

Decreto 12.583/11– Bloqueios de direitos

•O governador baixou um decreto que bloqueia direitos dos professores garantidos por Lei ;

•Esse decreto impede, por exemplo, que professores possam ser liberados para se qualificar em cursos de mestrado e doutorado, prejudicando a qualidade do ensino e das pesquisas nas universidades;

Infra estrutura precarizada

•Falta de salas de aula, equipamentos, livros, bibliotecas e laboratórios adequados para aulas práticas;

•Falta de condições adequadas para consolidar diversos cursos de mestrado e doutorado.

•Concursos insuficientes para atender as necessidades urgentes das universidades.

A nossa luta também é sua

•Neste momento, os professores das Universidades Estaduais estão em greve em defesa da Educação Superior para que o governo mude sua política de sucateamento da Educação e respeite os nossos direitos garantidos por leis. •As universidades, patrimônio do povo baiano, devem cumprir o seu papel social hoje e no futuro. Esse é um direito dos baianos e dele não abrimos mão!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Professores 3 x 0 Wagner: UEFS ganha batalha na justiça e vai receber salários cortados por Wagner (PT)

JUSTIÇA DETERMINA QUE ESTADO PAGUE OS SALÁRIOS SUSPENSOS DOS PROFESSORES DA UEFS


O pedido de liminar do mandado de segurança impetrado pela Adufs foi julgado favorável em decisão do Tribunal de Justiça da Bahia publicada hoje (25). A decisão determina que o governo pague imediatamente os salários suspensos do mês de abril dos professores e não efetue a suspensão dos salários enquanto a greve continuar. No dia 18, a justiça tinha julgado favorável o pedido de liminar da Aduneb preventivo à suspensão dos salários. O governo pode recorrer da decisão.

Wagner perde mais uma: Justiça obriga wagner pagar salários do professores da UESB

Dessa vez foi a ADUSB que ganhou na justiça o direito de receber pelos salários cortados pelo Governador Wagner (PT). Agora o governador já perdeu para UNEB e para UESB.
O Tribunal de Justiça da Bahia, através da desembargadora Drª. Deise Lago Ribeiro concedeu hoje, 25, liminar favorável à ADUSB-SSind em face do mandado de segurança impetrado no início do mês. Com a decisão, o Governo do Estado está obrigado a efetuar o pagamento dos salários cortados há 28 dias, quando o movimento paredista chegava ao seu 21º dia. Leia aqui.

A justiça informará oficialmente ao Governo e Reitoria sobre a decisão. O anseio da categoria é que os salários sejam pagos ainda hoje já que uma liminar tem o caráter imediato.

Em breve mais informações.

domingo, 22 de maio de 2011

Entrevista com a Professora Amanda Gurgel

Amanda Gurgel: “É necessário transformar nossa angústia em ação”


Em entrevista ao Portal, Portal O vídeo em que você denuncia a situação precária da educação pública já superou as 100 mil visualizações no YouTube e chegou à lista brasileira dos Trending Topics, no Twitter. Como você vê toda essa repercussão? –


Amanda Gurgel Em primeiro lugar, é importante falar sobre a minha surpresa diante de tamanha repercussão daquelas palavras que não são só minhas, mas de toda uma categoria, não só aqui no Rio Grande do Norte, mas em todo o Brasil, como se comprova nos diversos comentários postados sobre o vídeo. Também não imaginei que as pessoas que não vivem o nosso cotidiano não conhecessem à rotina de um professor e do funcionamento de uma escola pública. Então, diante de informações tão reais, acredito que a repercussão do vídeo se deve ao fato de minha fala ter sido dirigida à Secretária de Educação, Betânia Ramalho, à promotora da educação e aos deputados, figuras que ocupam postos elevados na sociedade, a quem as pessoas geralmente não costumam se reportar, tanto por não terem oportunidade quanto por se sentirem coagidas, ou por se sentirem inferiores. Enfim, talvez pela combinação desses dois fatores: tanto pela expressão de um sentimento contido, comum a todos nós, quanto pela atitude diante de deputados.

Portal O vídeo foi gravado durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Qual era a razão da audiência? Qual o objetivo daquele debate?

Amanda Gurgel Era uma audiência pública com o tema “O cenário da educação no RN”. O objetivo era debater as questões da educação no estado, apontando alternativas para os seus problemas. A princípio, não se pretendia discutir a greve dos professores e funcionários, mas diante da nossa presença essa intenção foi rechaçada.

Portal – Como você avalia a situação da educação pública hoje no Rio Grande do Norte e no Brasil?

Amanda Gurgel Não existe uma palavra que melhor defina a educação aqui no estado e no Brasil do que caos. Um caos generalizado que começa na nossa formação e vai desde a estrutura precária das escolas, passando pelo caráter burocrático que ganharam as funções de coordenação pedagógica e direção, a superlotação das salas de aula, a demanda não suprida de professores chegando, finalmente, à remuneração do trabalhador que constitui a representação material do valor que é dado a nossa profissão. Mas, obviamente, todo esse caos não acontece por acaso. Há uma clara intenção da burguesia em manter a classe trabalhadora excluída dos processos que propiciem o desenvolvimento intelectual. Com isso, ela alcança dois objetivos: garante que os trabalhadores não atinjam altos níveis de cultura e pensamento crítico, conseguindo, no máximo, serem alfabetizados e aprenderem um ofício; dividir a classe trabalhadora, colocando-a em lados aparentemente opostos, como é o caso, muitas vezes, da relação entre professores e alunos ou as suas mães e os seus pais. É comum as pessoas acreditarem que greves prejudicam os alunos, quando é justamente o contrário: somente nas greves temos a oportunidade de abrir para a sociedade, os problemas que nós nos acostumamos a administrar no nosso cotidiano e que nos impedem de realizar o nosso trabalho. Somente nas greves podemos obter conquistas para a educação, pois, ainda que muitos já tenham sido envolvidos pelo discurso de que há outros mecanismos de luta que não a mobilização das massas, não é possível encontrar um caso em que nossos direitos tenham sido conquistados de outra forma. Os discursos de aparente conciliação servem apenas para mascarar ainda mais o fato de que a educação nunca foi prioridade para nenhum governo. Se não fosse assim, Dilma não teria cortado R$ 3 bilhões da educação nos primeiros dias do seu governo. Então, é necessário, em cada lugar do Brasil, transformar nossa angústia em ação. Não podemos baixar as cabeças atendendo às expectativas da burguesia. Precisamos mostrar a nossa consciência de classe e a nossa capacidade de organização.

Portal – A greve da educação no Rio Grande do Norte já atingiu mais de 90% das escolas, chegando até a 100% em regiões do interior. Na sua opinião, quais são as perspectivas da paralisação?

Amanda Gurgel Já contamos pouco mais de vinte dias de greve e a governadora Rosalba Ciarlini ainda não acenou com nenhuma proposta, tampouco uma que contemplasse as nossas reivindicações. Diante disso, a categoria tem reagido da melhor forma possível: lutando. A cada assembleia, recebemos informes de adesão das cidades do interior. Certamente, Rosalba e Betânia (secretária de educação) preparam alguma retaliação, mas estão enganadas se pensam que estamos para brincadeira. Não retornaremos às escolas sem o cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos funcionários, a revisão do Plano dos professores, a aplicação da tabela salarial dos servidores e o pagamento de direitos atrasados. A arrecadação do Estado aumentou consideravelmente. Segundo o Dieese, só no primeiro trimestre desse ano, foram R$ 776 milhões de ICMS, o que representa R$ 110 milhões a mais do que no mesmo período do ano anterior. Além disso, de janeiro a abril, o Estado recebeu R$ 214 milhões de FUNDEB, cerca de 54 milhões a mais do que no ano anterior. Portanto, o momento não é para choradeira. O momento é para apresentação de propostas e negociação.

Portal – Você é militante do PSTU. Como aconteceu essa aproximação com o partido?

Amanda Gurgel Fui ativista do movimento estudantil e dirigente do Centro Acadêmico de Letras e do DCE da UFRN. Nessa época, tinha uma relação próxima com o PT, mas ao ingressar na categoria dos trabalhadores em educação, toda a imagem de movimento sindical que eu construíra ao longo da minha vida foi sumariamente desconstruída quando constatei a forma como a direção do PT/PCdoB dirigia a nossa entidade e utilizava a categoria como moeda de troca para benefícios próprios. Na segunda assembléia de que participei, já era oposição convicta. Mas, como havia outras oposições, aos poucos fui me localizando. Participei do congresso de fundação da Conlutas, passei a construir a oposição e algum tempo depois fiz uma reflexão e já não conseguia entender como eu podia ver que militantes tão obstinados dedicassem suas vidas à verdadeira defesa da classe trabalhadora, à defesa da classe a que pertenço, enquanto eu apenas trabalhava, trabalhava e cuidava da minha vida. Entendi que era minha obrigação dividir com eles, meus e minhas camaradas, essa tarefa. Por isso, eu entrei no PSTU.

a professora e militante do PSTU, Amanda Gurgel, que calou deputados no Rio Grande do Norte em discurso durante audiência pública, falou sobre a repercussão nacional de seu vídeo e o cenário caótico da educação no estado e no Brasil.




sexta-feira, 20 de maio de 2011

Situação complicada na UFRB/CFP! Obras e pista de acesso um sério problema

Estive na UFRB/CFP e constatei uma série de problemas no referido Centro. Um deles é o atraso nas obras internas da UFRB. Conforme está no outdoor da UFRB e Governo Federal, a obra era para ser entregue em 120 dias e já ultrapassam 180 dias  sem previsão de conclusão. Outra questão é a forma como a obra foi conduzida, por várias vezes foi visto a guarita sendo construída e reconstruída, quem está pagando isso?.
Uma grande preocupação ainda é a pista de acesso para a UFRB, pois temos uma pista sem nenhum acostamento para os estudantes e sem nehuma lombada para diminuar a velocidade dos veículos.
Na parte interior do departamento também é possível ver rachaduras no prédio, ausência de arborização e o  corrimão da rampa de acesso quebrado.
De cima para baixo na segunda linha: 120 dias para entrega
Obras que demoram a terminar
Lagoa encantada
Corrimão da rampa quebrado
Pista de acesso a UFRB-CFP (Sem acostamento) e lombadas.
                                                                Esperando terminar a obra

Entrevista com a Professora Ana Cristina Givigi (KIKI) UFRB- CFP

Ana Cristina Nascimento Givigi (kIKI) PROFESSORA DA UFRB- CFP
Professora  Ana Cristina Givigi (KIKI) fala sobre a homofobia e a discriminalização do aborto no Brasil.

1 - (LIBERDADE É O NOSSO PRAZER): QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE A DISCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO?

Estimativas de 2005 diz que ocorreram 1.054.243 abortos no Brasil (Ipas, 2007). Dados do SUS mostram 223.350 internações pós-aborto no Brasil em 2006. São todos casos de cadeia? Não se trata de ser a favor ou contra a vida. Levado a esse espaço moral nunca discutiremos saúde pública e direitos reprodutivos. A maioria das mulheres nunca desejou fazer um aborto e enquanto elas são criminalizadas não se discute planejamento familiar e contracepção.

2- (LIBERDADE É O NOSSO PRAZER): COMO ENTENDE O PAPEL DA IGREJA NESSE PROCESSO DE DISCUSSÃO?

Os conservadores da igreja católica, principalmente, atrasam os processos democráticos e de desenvolvimento da autonomia. È a síndrome da Idade Média que não passa. O interessante é que são contra a descriminalização do aborto e contra os meios anticontraceptivos. Com isso, esta instituição que se pretende estatal, interfere por meio do lobby nas decisões mais sérias de um país. Posicionar-se pela vida, a meu ver, não é bem isso. O que se poderia esperar de um império?

3- (LIBERDADE É O NOSSO PRAZER): CONCORDA QUE A MULHER TENHA QUE TER O DIREITO DE DECIDIR SOBRE O SEU PRÓPRIO CORPO?

Todo ser deve poder decidir sobre seu corpo, contudo as decisões são contingenciadas pela história, pelos limites ontológicos do próprio ser. Decidir sobre o corpo é ter capacidade de normatizá-lo e produzir para si mesmo um repertório plausível. Obviamente, as mulheres devem ter o direito de ‘criar’ seu próprio corpo e decidir quais espaços ocupa por meio dele. Isso inclui a decisão sobre a sexualidade e sobre a maternidade que não são naturais.

4- (LIBERDADE É O NOSSO PRAZER): QUAL A IMPORTÂNCIA DA UNIVERSIDADE NA DISCUSSÃO DESSE TEMA?

A Universidade constrói conhecimentos a partir de uma relação de forças. Isso é produzir dados: selecionar de muitas variáveis aquelas que somos capazes de ver. Assim, na medida em possamos mostrar e discutir quantas mulheres morrem por falta de acesso às políticas de saúde; a não inclusão dos homens nos planos anticontraceptivos e que a maioria dos abortos acontecem em situações sociais de desemprego, baixa escolaridade e pobreza estaremos diante de uma mudança nas relações e no âmbito de uma universidade mais plural.

TEMA - 2

1- (LIBERDADE É O NOSSO PRAZER): A SENHORA É A FAVOR OU CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA, POR QUE?

Uma das formas de positivar a vida e as escolhas das pessoas é deixando bem nítido que você pode pensar e sentir o que quiser e puder, mas não pode projetar seus desejos e moralidades da forma que bem lhe aprouver. A homofobia configura essa projeção na medida em que viola o outro e o pune por ser o que é. Da mesma forma, garante um espaço público privatista, onde nem todos podem estar. Isso é crime contra direitos humanos, por isso deve ser tratado como tal.

2- (LIBERDADE É O NOSSO PRAZER): O QUE ACHOU DA DECISÃO DO TSF EM APROVAR A UNIÃO DE CASAIS DO MESMO SEXO?

Ainda que o casamento civil seja uma forma de tutelar a vida das pessoas e definir heranças é um direito. Essa decisão tardia deve-se à comprovação de que o Estado não é laico e é uma construção de relações de poder que envolve fluxos intensos de resistências e dominações. As pessoas devem decidir a quem se associar afetivamente, sem as objeções jurídicas. Se isso hoje é fato deve-se às resistências. Vencemos, portanto.

3- (LIBERDADE É O NOSSO PRAZER): QUAL O PAPEL DA UNIVERSIDADE PARA O COMBATER A HOMOFOBIA?

Não acredito em papéis, mas em encontros e planos que validam uma política de positivação da vida. Comecemos por pensar se nossos Planos Politico Pedagógicos, nossa postura na sala de aula e nossa linguagem inclui as pessoas e positiva suas experiências ao invés de injuriar a pessoa LGBTT. Pensemos se as políticas afirmativas se voltam para a diversidade sexual. Então, construiremos nossa postura que será tão disputada quanto qualquer outra que postule a diferença.

4- (LIBERDADE É O NOSSO PRAZER): TEMOS UMA UFRB HOMOFÓBICA?

Vivemos numa sociedade homofóbica, a UFRB (e a ciência) é parte dessa construção da naturalização da heterossexualidade, como se o corpo sexuado sempre tivesse existido. A homofobia não é só a agressão física; as outras formas de exclusão como a injúria, a dificuldade que as travestis e transgêneros tem de usar nome sociais oficialmente, a dificuldade de aceitação do gay não heteronormatizado estão também na UFRB. Temos muito ainda a viver.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Amargosa sedia o Forró do Piu-Piu pelo 15º ano, concorra convites!

Amargosa sedia o Forró do Piu-Piu pelo 15º ano, concorra convites!


Participe da promoção enviando um email para concorra@correio24horas.com.br respondendo a pergunta "Porque você deve ganhar ingressos para o Forró do Piu-Piu?"

Redação CORREIO DA BAHIA

Pelo segundo ano consecutivo, o São João de Amargosa terá 10 dias de festa. Os festejos juninos da “Cidade Jardim” acontecerão entre os dias 17 e 26 de junho, período em que os baianos e milhares de turistas, dos vários estados do país, poderão curtir dezenas de atrações da música nordestina. Amargosa foi além, mais uma vez, e está organizando, o primeiro “São João Sustentável” do país.

Quer curtir o Forró do Piu-Piu? Participe da promoção enviando um email para concorra@correio24horas.com.br respondendo a pergunta "Porque você deve ganhar ingressos para o Forró do Piu-Piu?". Não esqueça que no corpo do email devem constar RG, nome completo e telefone para contato. As respostas mais criativas ganham convites para a festa!



Professora desabafa sobre realidade da educação!

Todos devem assistir esse vídeo, pois trata de uma realidade da educação brasileira.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

PROFESSORES 1 X 0 WAGNER: Justiça obriga Wagner pagar salário dos professores


TRIBUNAL DE JUSTIÇA ORDENA PAGAMENTO DE SALÁRIOS
O Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça concedeu liminar favorável ao movimento grevista. Segundo o Desembargador GESIVALDO BRITTO, relator do processo, a greve é um direito fundamental, de cunho social, garantido a todos os trabalhadores. Neste sentido, o desembargador deferiu que o governo deve efetivar o pagamento “dos vencimentos dos docentes na forma usual, principalmente no que concerne ao mês de Abril/2011, bem como o restabelecimento do atendimento/acesso ao PLANSERV, desde que conveniados, fixando, de logo, a multa pecuniária de R$ 5.000.00 (cinco mil reais) por dia em caso de descumprimento desta ordem judicial, independentemente das sanções penais decorrentes da resistência injustificada”.

A liminar é uma resposta do Tribunal da Justiça da Bahia em função do mandado de segurança da ADUNEB contra o Governo Estadual que já cortou os salários dos professores da UEFS, UESB e UESC e ameaça cortar dos profesores da UNEB.

A decisão do Tribunal Pleno é uma vitória do movimento docente que tem conquistado apoio da população baiana. No entanto, o governo ainda pode recorrer da decisão e certamente o fará, assim como fez em 2007. A continuidade das mobilizações é fundamental para arrancarmos ainda mais vitórias!

Marcha contra a homofobia em Brasília exige aprovação do PLC 122

Segundo organização, manifestação reuniu 5 mil
Ocorreu nesse dia 18 de maio a Segunda Marcha Nacional contra a Homofobia, em Brasília. Segundo a organização do evento, cerca de 5 mil pessoas se manifestaram na capital federal. Neste ano, o principal tema do protesto foi a exigência da aprovação do Projeto de Lei 122 que torna crime a homofobia.

Além de entidades do movimento LGBT, o protesto reuniu sindicatos, parlamentares e partidos como o PSTU e o PSOL. A marcha partiu da Catedral, passando pela esplanada dos ministérios rumo ao Congresso Nacional. Ao final, os manifestantes foram ao prédio do Supremo Tribunal Federal comemorar a aprovação da extensão dos direitos aos casais homossexuais.

"Ô Dilma/eu quero ver/ o PLC acontecer”

A CSP-Conlutas marcou presença na marcha com uma animada coluna que reuniu algo como 150 companheiros de Brasília, Minas, Pernambuco e São Paulo. A coluna reuniu servidores públicos, metroviários, trabalhadores dos Correios, estudantes, além de ativistas do movimento popular. “Nossa coluna politizou o ato, enquanto grande parte só comemorava a decisão do STF, nós fizemos exigências ao governo Dilma” , disse Guilherme Rodrigues, estudante de Letras da USP e membro da ANEL.

“O que aconteceu no STF foi uma vitória importante do movimento, que nos fortalece, mas é preciso ir além, temos que passar à ofensiva e exigir do governo Dilma um compromisso público para a aprovação do PLC 122”, discursou Douglas Borges, do Setorial LGBT da CSP-Conlutas, que também aproveitou a manifestação para denunciar o avanço da violência homofóbica no país assim como fascistas como o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).

Marcha é resposta à despolitização das paradas

Iniciada em 2010, a marcha é uma resposta de setores do movimento LGBT descontentes com a despolitização das paradas gays. A data foi escolhida pois marca o dia em que a Organização Mundial de Saúde desconsidera a homossexualidade uma patologia (17 de maio).

Paula Fernandes comfirmado em Amargosa

A prefeitura de Amargosa acaba de confirmar a cantora mineira Paula Fernandes na agenda de atrações dos festejos juninos de Amargosa. Reconhecida como uma das maiores revelações da música sertaneja atual, Paula promete animar o São João da Cidade Jardim com um repertório que traz toda a animação do country para o Parque do Bosque, palco principal da festa.
Além da Paula Fernandes, a festa em Amargosa vai contar com as seguintes atrações: Aviões do Forró, Estakazero, Elba Ramalho, Cangaia de jegue, Cavaleiros do Forró, dentre outras bandas da região.

sábado, 14 de maio de 2011

Governo Wagner segue modelo de ACM: Repressão e Desrespeito

UESB TAMBÉM MANTEM A GREVE

UESB mantém a greve e acusa Wagner de inimigo das Universidades Estaduais da Bahia, ao tempo que o compara com seu antecessor ACM nas práticas de desrespeitar o movimento grevista com posturas truculentas e repressiva. 

Mesmo diante da prática truculenta do governo de cortar os salários com apenas 21 dias paralisados, a Assembleia Geral dos professores aprovou  a manutenção da greve por tempo indeterminado.
Os professores consideraram o corte ilegítimo por impedir a manifestação da expressão e da organização, além de ser uma afronta por parte do governo ao desconsiderar a decisão da categoria de continuar desenvolvendo as atividades essenciais como funcionamento de postos de saúde, estágios supervisionados e cursos de Mestrado e Doutorado, mantendo a Universidade em pleno funcionamento. Durante as falas, muitos professores recordaram que jamais este fato foi registrado na história das greves ocorridas nas Universidades baianas e rechaçaram completamente a nova proposta de redação para a cláusula restritiva ao acordo da campanha salarial 2010.

UNEB CONTINUA EM GREVE

Reunidos na manhã de hoje, 13 de maio, os professores da UNEB mantiveram a greve sem nenhuma intervenção contrária a sua continuidade. O clima da plenária foi de intensificar e radicalizar as ações do movimento grevista, uma vez que o governo continua com a mesma proposta de engessar o movimento, congelar os salários por 4 anos e de contingenciamento nos orçamentos das Universidades Estaduais através do Decreto 12.583/11 (veja aqui).

A assembleia avaliou a última “proposta” de alteração da redação da cláusula da mordaça, segundo artigo no Acordo de Incorporação da CET, encaminhada pelo governo na noite de 06 de maio para o Fórum das ADs (veja aqui). Para a categoria, na prática, o governo não apresentou uma nova proposta, uma vez que manteve o caráter intervencionista da cláusula (veja as três propostas de redação apresentadas pelo governo aqui). Neste sentido, a assembleia rejeitou a mudança do texto e manteve a exigência pela retirada integral da cláusula. “Não há razão para a existência dessa cláusula no Acordo de Incorporação da CET a não ser pelo fato do governo querer comprar o nosso silêncio por 04 anos”, afirmou professora Nora de Cássia do campus V.

A assembleia ratificou também que as motivações da greve não foram apenas salariais, mas também em virtude do contingenciamento imposto pelo novo Decreto 12.583/11. Neste sentido, como o governo ainda não apresentou nenhuma disposição em atender as reivindicações do movimento, a categoria deliberou pela intensificação das atividades da greve.

AGENDA CULTURAL

Data 23/06/2011 Local :Senhor do Bonfim - Fazenda do Sfrega
HorárioA partir das 15h
IngressosTicketmix


ValorPassaporte Pista: R$219 / Passaporte Pista + Ressaca R$299 / Passaporte Camarote R$438 / Passap. Camarote + Ressaca R$598

Mais informaçõeswww.ingressorapido.com.br

O Forró do Sfrega, na cidade de Senhor do Bonfim, preparou uma grade de atrações de deixar até baiano de queixo caído. Asa de Águia, Harmonia do Samba, Aviões do Forró, Jammil, Seu Maxixe, Chicabana, Garota Safada… O evento será realizado nos dias 23 e 24 de junho… E no dia 25 a galera ainda vai poder curtir a Ressaca da Festa! A bebida é Free

A cidade de Senhor do Bonfim fica situada a 384 km de Salvador e possui uma população de aproximadamente 80.000 pessoas, destacando-se na agropecuária e também pelo seu forte comércio local, principalmente o de serviços, por se tratar de um dos principais entrocamentos rodoviários do estado, que abrange 14 cidades circunvizinhas.

A Cidade caracteriza-se por realizar um Senhor São João, como é conhecido nacionalmente, objetivando preservar as tradições e a cultura regional, bem como, procura levar diariamente grandes atrações nacionais. Durante a comemoração dos festejos junino, a cidade recebe em média 100.000 turistas por dia, provenientes de várias cidades, principalmente da capital, para festejar sem dúvidas, um dos melhores São João do Brasil.

Atrações:

DIAS 23 E 24/06: ASA – AVIÕES – HARMONIA – SEU MAXIXE – TRIO DE FORRÓ – CIRCO FUNK
DIA 25/06: JAMMIL – GAROTA SAFADA – CHICABANA – TRIO DE FORRÓ – CIRCO FUNK


domingo, 8 de maio de 2011

União civil de casais do mesmo sexo é aprovada no Brasil. Uma vitória histórica para avançarmos na luta por igualdade!

Essa vitória, que não contou com o apoio do governo, deve servir para impulsionar a luta pela criminalização da homofobia.

Nesta quinta-feira, dia 5 de maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou por unanimidade (10 x 0), o reconhecimento de união estável para casais homossexuais. Com esta decisão um imenso conjunto de direitos que até agora eram negados para casais LGBT serão reconhecidos, dentre eles a inclusão no plano de saúde, herança, pensão, entre outros. Sem dúvida essa vitória deve ser considerada histórica para o movimento. Contudo, precisamos tirar as lições para avançarmos na luta por igualdade e exigirmos a aprovação do PLC-122.

Judiciário versus governo

Por que o Poder Judiciário passou à frente do Executivo e do Legislativo ao dar o reconhecimento para as uniões estáveis? O governo Dilma, que possui maioria no Congresso Nacional, se vê preso num emaranhado de alianças com os setores mais reacionários da burguesia do país. Esse fato dá ao PT a possibilidade de se mover pelos meandros do poder como nenhum outro partido desde a redemocratização do Brasil. Contudo, a mobilidade que o governo petista possui está limitada pelos interesses de suas alianças políticas que vão desde as mega empreiteiras que estão construindo as obras do PAC, passando pela grande burguesia financeira (que agradece o aumento da taxa de juros), os latifundiários (agraciados com o novo Código Florestal), até os setores religiosos conservadores. Ou seja, o governo tem maioria para governar, mas deve governar para aqueles que sempre estiveram no poder, a burguesia.

Comprometido com as frações mais atrasadas da classe dominante, Dilma não pode centralizar sua base parlamentar e aprovar as reivindicações históricas de gays e lésbicas. Dentro desse quadro, a primeira lição que devemos tirar é que essa vitória não contou com o apoio do governo, pelo contrário, nossa luta foi ecoar no judiciário. Essa primeira lição é muito importante pois ajuda a definir nossa relação com o poder do Estado, que deve ser de independência.

O reconhecimento da União Estável não é o reconhecimento do casamento civil. Este precisa ser aprovado como lei. Contudo, a maior parte dos direitos que os casais heterossexuais possuem já podem ser estendidos aos casais do mesmo sexo. Ainda assim, o reconhecimento político de casais homossexuais é necessário para se começar a mudar a consciência das pessoas e combater o preconceito. Esta luta vai passar pelo enfrentamento com o governo.

Agora é hora de avançar: aprovação do PLC-122 já!

Ainda que o judiciário tenha reconhecido a união estável de pessoas do mesmo sexo, este mesmo judiciário não pode punir aqueles que agridem e matam homossexuais pelo fato de não existir uma legislação que combata a discriminação por orientação sexual. Com base nisso devemos tirar a segunda lição: É hora de irmos para a ofensiva!

Esta vitória sem dúvida nos fortalece. E muito. Agora, mais do que nunca, precisamos organizar as fileira do movimento LGBT e ir para a ofensiva! No dia 18 de maio ocorrerá a segunda Marcha Nacional Contra a Homofobia, em Brasília, que exigirá a provação da lei que criminaliza a homofobia (PLC-122).

Esse é o momento para o darmos uma demonstração de força e de independência dos governos e exigirmos que Dilma e sua base aliada aprovem a lei que criminaliza a homofobia.

Não podemos ter dúvida, com este passo que conquistamos, os setores reacionários e fascistas irão reagir e a violência pode aumentar. Em razão disso, precisamos, mais do que nunca, cerrar nossas fileiras e avançar.

Essa é a oportunidade de resgatarmos o espírito de luta e a politização que as paradas do orgulho gay perderam nos últimos anos. Agora é o momento de tocarmos nossas campanhas políticas, de mobilizarmos nossas bases e de dialogarmos com a sociedade. Mais ainda, este é o momento de nos aliarmos com os demais movimentos que estão em luta, como o sindical e o estudantil. Se unirmos todos os que estão mobilizados com exigências ao governo temos maiores chances de arrancarmos a criminalização da homofobia. Para isso, é preciso agir com independência de governos e empresários e retomar o espírito de luta e transformação social.

É preciso lutar, é possível vencer!

Por fim, devemos ser contundentes com a terceira lição desta conquista: Só a luta muda a vida!

Hoje podemos e devemos comemorar. Mas não podemos endereçar nossas comemorações ao judiciário, isso seria um grande engano. Devemos, acima de tudo, saborear essa vitória como nossa, como o resultado das lutas abertas ou veladas travadas por LGBTs pais afora. Cada passeata, cada panfleto, cada beijaço, cada vez que a bandeira do arco-íris foi empunhada contribui para essa vitória. E nossa alegria deve honrar a cada amigo, companheiro, amante, parente, colega de trabalho que já sofreu com a violência e a discriminação. Devemos dedicar essa conquista aos que morreram por serem o que são. E em nome deles, devemos avançar, cientes de que é preciso lutar e que é possível vencer.

Nossa luta, mais do que direitos, significa a transformação radical da sociedade. Da cabeça de milhões de pessoas. Significa uma mudança radical nas relações sociais, afetivas e na própria condição humana. Nossa luta, é antes de mais nada, uma luta socialista.

Todos à Brasília dia 18 de maio!

Aprovação do PLC-122 já!
Contra a opressão e a exploração!
Igualdade plena de direitos para LGBTs!

sábado, 7 de maio de 2011

Paulo Gabriel vence eleições na UFRB


Com 87,89% dos votos válidos os professores Paulo Gabriel Soledade Nacif e Sílvio Luiz de Oliveira Soglia venceram a Consulta para Reitor e Vice-Reitor da UFRB 2011-2015. Confira a Ata Apuração Consulta Reitor UFRB 2011-2015.
Clique na imagem para ampliar

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Segunda mostra cultural de Amargosa


A Prefeitura Municipal de Amargosa e o Conselho Municipal de Cultura realizarão nos próximos dias 20 e 21 de maio, das 15 às 22 horas a segunda mostra cultural do municipio.
Em breve mais notícias sobre o evento.Aguardem!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Governo Wagner corta ponto de professor de universidade em greve



O governo da Bahia determinou esta semana o corte do ponto de professores de universidades estaduais em greve. Docentes das quatro instituições de ensino superior do Estado estão parados, o que afeta cerca de 60 mil alunos.

As reivindicações nas quatro universidades são as mesmas: os professores discordam da proposta de reajuste do governo, que busca congelar negociações até 2014, e criticam medidas de contenção de despesas impostas pela administração estadual.

Os 765 docentes da Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz) e os 950 da Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) entraram em greve na primeira semana de abril. No dia 11 foi a vez dos 950 docentes da Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana). Os 1.940 professores da Uneb (Universidade Estadual da Bahia), a maior do Estado, engrossaram o movimento esta semana.

Em anúncio publicado em jornais baianos na última quinta (26), o governo Jaques Wagner (PT) diz ter ampliado em 86% os orçamentos das universidades desde 2006. Informou ainda que atendeu reivindicação ao incorporar aos salários da categoria, a partir deste ano, uma gratificação que representa 70% do vencimento mensal docente.

A incorporação será paga em quatro anos. Segundo o governo, representa 18% de ganho real. As condições para pagamento, contudo, opõem professores e governo. A gestão Wagner quer congelar novos aumentos até o fim da incorporação das gratificações, em 2014, e os docentes não aceitam.

O Estado está tentando tomar medidas para se estabilizar (financeiramente)”, afirmou Clóvis Caribé, coordenador de educação superior da Secretaria da Educação.

Na nota pública, o governo também informou a suspensão do pagamento dos professores da Uesc, Uesb e Uefs, em greve há mais tempo, já na folha de abril. Justificou a medida por “prejuízos causados à sociedade”. Negou ainda que o ajuste fiscal de R$ 1,1 bilhão anunciado este ano afete as atividades das universidades.

Elisa Lemos, diretora de formação sindical da Aduneb (Associação de Docentes da Uneb), disse que as negociações estão paradas. “O governo está intransigente, dizendo que não negocia com movimento paralisado”. Docentes, alunos e funcionários das universidades em greve fizeram um protesto na última quinta (26) em Salvador que reuniu cerca de mil pessoas, segundo os organizadores.

O governo baiano diz que a única condição para negociação é a manutenção da “cláusula econômica” que posterga eventuais novos reajustes - sem contar os aumentos anuais do funcionalismo e a incorporação gradual das gratificações - para depois de 2014. “O governo está aberto à negociação”, afirmou Caribé.

Para o coordenador de Educação Superior do governo Wagner, o “problema é político”. As associações de docentes das universidades baianas são ligadas a Conlutas, central ligada ao PSTU e crítica do governo federal.

Estudantes da UNEB em greve contra governo WAGNER

Vestidos de preto e com faixas e cartazes às mãos, alunos e professores da (UNEB) surpreenderam o governador da Bahia Jaques Wagner na entrada da Fábrica Moscamed. “Eu só quero estudar”, diziam os estudantes.

Eles protestam contra a falta de investimentos no ensino superior, solicitam mais recursos para a assistência estudantil, qualidade do ensino na graduação, bolsas para pesquisa e a contratação de professor, a fim de garantir um ensino de qualidade. Após gritos de protesto e músicas que identificavam o ato, o Deputado Joseph Bandeira (PT) negociou a entrada de uma comitiva que representasse os protestantes, com a condição de que grupo se mantivesse no local sem fazer barulho.

Formada pelos professores Emanuel Ernesto, Cosme Batista, Neuma Guedes e o aluno Diego Albuquerque, a Comissão garantiu que, na conversa, com o governador ficou esclarecido que haverá uma discussão sobre o Decreto 12. 583 de fevereiro deste ano, mas não haverá revogação. “Segundo o que ouvimos do governador é que a negociação será realizada separadamente com cada Reitor, pois cada um sabe onde aplicar os cortes no orçamento”, disse Emanuel Ernesto. Assim, as responsabilidades seriam dos gestores universitários.

Para o estudante Diego Albuquerque é importante apoiar a decisão da greve por acreditar que o Decreto fere a autonomia da universidade e a melhoria da condição de ensino, quando proíbe o professor de sair para especializar-se, atingindo diretamente a qualidade do nosso ensino.



Já alguns representantes políticos presentes na comitiva do governador desconheciam o Decreto, como o Deputado Estadual Roberto Carlos, cidadão juazeirense. Apesar de afirmar ser contrário a qualquer tipo de prejuízo à educação, ele afirmou que soube do Decreto na semana passada, e que desconhece o conteúdo.

Se assim como o Deputado Estadual Roberto Carlos, você desconhece o conteúdo do Decreto, saiba que ele estabelece limitação nos gastos da administração pública este ano, suspende o afastamento do docente para Mestrado e Doutorado, e contratação de professor. entre outros.