Cerca de 50 manifestantes se reuniram no fim da tarde desta terça-feira (5) na Cinelândia, no Centro do Rio, para protestar contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) por causa das declarações que o parlamentar deu ao programa CQC da Rede Bandeirantes no dia 28 de março.
Integrantes da Unegro (União dos Negros pela Igualdade) e representantes de movimentos GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais) pediam respeito à igualdade.
Policiais do Batalhão da Praça Tiradentes (13º BPM) foram acionados para acompanhar a manifestação que durou cerca de uma hora.
Polêmica A entrevista de Bolsonaro causou polêmica porque o deputado disse que seu filho jamais se casaria com uma mulher negra. No mesmo programa, o deputado ainda afirmou que torturaria seu filho se o encontrasse fumando maconha e que não pensa que seu filho possa ser homossexual porque ele teve "boa educação.
Manifestantes ligados a entidades estudantis, ao movimento negro e a movimentos de defesa dos homossexuais fizeram um protesto nesta quarta-feira (6) na Câmara dos Deputados contra as declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) que, em entrevista na televisão, classificou de "promiscuidade" a possibilidade de um filho seu se relacionar com uma mulher negra e fez ataques a homossexuais. Bolsonaro afirmou não ter entendido a pergunta relativa aos negros, mas reafirmou as ofensas a homossexuais.
Com cartazes pedindo a punição do parlamentar e outros colocando um bigode no estilo de Adolf Hitler em uma foto de Bolsonaro, os manifestantes pediram que a Câmara abra um processo disciplinar no Conselho de Ética para cassar o deputado. O protesto se concentrou na Comissão de Direitos Humanos, onde a ministra da área, Maria do Rosário, compareceu.
Ela fez críticas indiretas ao deputado. Ela destacou também que não se pode permitir o uso da homofobia para encobrir racismo porque este segundo já está previsto na lei como crime. "Aqueles que agem de forma racista, quando são flagrados, sentem-se livres para manifestações de homofobia. Se mantivermos essa lógica, não teremos um Brasil digno". Ela afirmou que a Câmara faz parte de um esforço para afirmar "um Brasil sem homofobia, sem discriminação, sem racismo".
Os movimentos de afrodescendentes também fizeram críticas ao deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) que afirmou no Twitter que os africanos são "amaldiçoados". O deputado diz que a citação é bíblica e teológica.
Fonte: Manchete do Vale
Entidades filiadas ao Fórum Baiano LGBT realizaram na tarde desta terça 5 um ato em repúdio às declarações racistas e homofóbicas do deputado Jair Bolsonaro. Militantes da Pro Homo, GGB, Adé Diversidade e É Pra Fazer LGBT requeriram ao Ministério Público Federal que entre com ação contra o deputado pedindo a cassação do mandato.
Manifestações semelhantes ocorreram em diversas cidades do Brasil (veja abaixo atos em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo). Puxador da mobilização, Renildo Barbosa afirma que o comportamento do deputado é incompatível com a sua função e com o estado democrático de direito. "São atitudes como essas que encorajam assassinos e agressores de travestis, gays e lésbicas".
O fundador do GGB, professor Luiz Mott, compareceu à atividade em frente ao MPF. Ato semelhante ocorreu pela manhã no Ministério Público Estadual. Como o deputado tem foro privilegiado, apenas o MPF pode se manifestar, o que levou os militantes a repetir o ato durante à tarde.
COMUNICAÇÃO/FÓRUM BAIANO LGBT
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